23 de agosto de 2009

Revolução Francesa

No final do século XVIII, a França era o país mais populoso da Europa Ocidental. Toda essa população também estava dividida em 3 estados: Clero, Nobreza e Campesinato. Mas cada um desses estado se dividia internamente:

Clero -> alto clero (ricos)
-> baixo clero (pobres)

Nobreza -> nobreza cortesã (viviam no palácio)
-> nobreza provinciana (viviam no interior, cobravam pagamentos
dos camponeses)
-> nobreza de toga (burgueses ricos que compravam títulos)

Terceiro Estado -> camponeses (trabalhadores rurais)
-> alta burguesia (banqueiros e comerciantes)
-> média burguesia (médicos, professores e comerciantes)
-> pequena burguesia (pequenos comerciantes e artesãos)
-> sans-culottes (camada social urbana concentrada em
Paris)

Desde meados do século XVIII a economia francesa apresentava sinais de crise, agravadas pelas guerras em que o país se envolveu. A economia era basicamente agrária, e cerca de 80% da população trabalhava no campo. Porém, a produção agrícola não atendia ao consumo por causa de problemas climáticos entre outros. Por isso, o preço dos alimentos subia, e grande parte da população passava fome.

Por causa da concorrência com a Inglaterra, a indústria francesa passava por grandes dificuldades, e muitos trabalhadores estavam desempregados. A burguesia ligada a este setor estava descontente, principalmente porque o CLERO e a NOBREZA não pagavam impostos, e às vezes recebiam pensões do Estado.

Revoltados com esses privilégios, os membros do terceiro estado começaram a lutar pela IGUALDADE de todos perante a lei. Isso significava combater o absolutismo monárquico, a intolerância religiosa e os privilégios. Nesse período nasceu o ILUMINISMO. Como na Revolução Inglesa, a Revolução Francesa também pode ser dividida em fases:

Revolta Aristocrática: Por causa dos problemas econômicos, o governo reuniu o 1º e o 2º estado para criar novos impostos, e propor que esses 2 estados também pagassem impostos. Sentindo-se ameaçados, o clero e a nobreza obrigaram o rei a convocar a ASSEMBLÉIA DOS ESTADOS GERAIS, que reunia representantes dos 3 estados. Porém, no sistema de votação cabia apenas 1 voto para cada estado, ou seja: clero e nobreza sempre venciam contra o 3º terceiro estado. Como a forma de votação não mudou, os membros do 3º estado se revoltaram, por isso, o rei ordenou o fechamento da sala de reuniões. O 3º estado se dirigiu para uma sala de jogos do palácio, e afirmou que não sairia de á até que seus objetivos fossem atingidos. O rei enviou tropas contra o 3º estado, mas a população já havia tomado conta das ruas gritando: “Liberdade, igualdade e fraternidade!”.

Monarquia Constitucional: Em 14 de julho de 1789, populares parisienses tomaram a Bastilha (uma prisão francesa). O rei, sem força para dominar a população declarou aberta a Assembléia Nacional Constituinte. Essa Assembléia proclamou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, mas a cidadania não nasceu da noite para o dia. Em 1791 foi concluída a Constituição, que limitava os poderes do rei e fortalecia a burguesia. Agora, todos os indivíduos tinham igualdade jurídica, e o clero e a nobreza perderam seus privilégios. Mas a escravidão nas colônias continuou. Passou existir liberdade de produção, liberdade religiosa e o poder foi dividido em Legislativo (os que fazem as leis), Executivo (os que executam as leis) e Judiciário (os que julgam as leis). O rei não aceitou o fim do absolutismo, e organizou um exército fora da França contra os revolucionários. Mas em sua fuga para se encontrar com seus aliados, foi reconhecido e preso. Seus aliados foram derrotados em 1792.

República e Convenção Nacional: Em 22 de setembro de 1792 foi Proclamada a República, e estabelecida a Convenção Nacional, para escrever uma nova constituição. O país estava dividido mais uma vez:

*girondinos: alta burguesia
*jacobinos: pequena e média burguesia (sans-culottes)

O rei foi guilhotinado, e os jacobinos assumiram o poder com Robespierre. Após derrotar exércitos estrangeiros, Robespierre também foi guilhotinado e os girondinos assumiram o poder.

Governo do Diretório: Os girondinos escreveram uma nova constituição e estabeleceram a continuação da República controlada pelo Diretório, que seria um conselho. Mas os conflitos internos continuaram. Até que um jovem general apoiado por burgueses influentes deflagrou um golpe. Seu nome era Napoleão Bonaparte. Napoleão dissolveu o Diretório e estabeleceu um novo governo chamado Consulado.

FONTE:
Prof.ª Joice Fernandes

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