15 de novembro de 2012

9º ano / 4º bimestre – AULA 4 “Brasil Atual”


Última aula do ano galera!!!

Na AULA1 falamos sobre como o Brasil finalmente se livrou do governo dos militares e voltou a ser uma democracia. Nesta aula veremos quem foram nossos governos a partir de então, preparados?

Bom, em 1989 aconteceram as primeiras eleições para presidente do Brasil. A disputa foi decidida no segundo turno entre Fernando Collor de Mello e Luiz Inácio Lula da Silva. Collor sabia muito bem como usar os meios de comunicação para sua campanha: apresentava-se como um homem jovem que queria moralizar e modernizar o país. O lema de sua campanha era “CAÇA AOS MARAJÁS” (marajás eram os funcionários públicos que ganhavam altos salários enquanto grande parte da população brasileira vivia na miséria). Lula era sindicalista, e suas propostas eram revolucionárias como Reforma Agrária, Reformas Sociais, entre outras.

Collor venceu as eleições, e a primeira medida de seu governo foi a implantação do PLANO COLLOR – esse plano confiscava todo o dinheiro que estivesse depositado nos bancos, numa tentativa de reduzir a circulação e acabar com a inflação. Realmente a inflação diminuiu, mas voltou meses depois. E é claro: a galera ficou com raiva do cara! Pra piorar a situação, em 1991 começaram a surgir denúncias de corrupção, e em 1992 os jovens brasileiros foram às ruas protestar: as denúncias se confirmaram e todos exigiam o IMPEACHMENT (impedimento) do presidente. Collor renunciou, e seu vice Itamar Franco assumiu o governo até o fim do mandato.

Durante o governo de Itamar Franco algumas medidas foram tomadas principalmente para tentar resolver aquele velho problema: a inflação. Em 1994, último ano do mandato, foi implantado no Brasil o PLANO REAL – esse plano criou uma nova moeda, o real que usamos até hoje, fixou medidas para reduzir as despesas públicas. Deu certo!

Aliás, deu tão certo que o cara que criou o Plano Real, o Fernando Henrique Cardoso, se candidatou e venceu as eleições para presidência da República. FHC foi o primeiro presidente a ser reeleito – governou por 8 anos e durante seu governo conseguiu estabilizar a economia do país.

Nas eleições de 2002, finalmente Luiz Inácio Lula da Silva entra pra história como primeiro presidente de origem operária no Brasil. Ele também foi reeleito e ficou no governo por 8 anos. Durante seus dois mandatos, equilibrou a situação social do Brasil com o PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA – esse programa transfere renda do governo federal para famílias em situação de pobreza, através de um benefício mensal. Muitos criticam esse programa por achar assistencialista e não resolver o problema na sua origem, que seria a falta de educação e outras condições básicas de vida digna. O governo de Lula ainda enfrentou graves denúncias de corrupção, que ficaram conhecidas como MENSALÃO. Essas denúncias ainda estão sendo julgadas, e as condenações dos responsáveis ainda estão sendo definidas.

Ao fim do governo Lula, nas eleições de 2010, mais uma vez um acontecimento de destaque para nossa história: é eleita a primeira mulher para a presidência do Brasil – Dilma Rouseff. Mas essa é uma outra história, que fica pra um novo encontro, em algum dia de nossas vidas...

Foi um prazer aprender com vocês durante este ano: desejo a todos muito sucesso, saúde e felicidade – Vamos continuar escrevendo esta HISTÓRIA!

9º ano / 4º bimestre – AULA 3 “A Influência dos EUA e a Globalização”


Vamos nessa: vocês já devem ter ouvido falar em Globalização nas aulas de Geografia, né? Então agora nós só vamos relembrar algumas coisas, ok?

Quando a União Soviética deixou de existir, e a Guerra Fria acabou, Os Estados Unidos passaram a ser considerados uma potência mundial, e influenciar em todos os países do globo. Esse poder dos Estados Unidos não apareceu de uma hora pra outra: desde a 1ª Guerra Mundial, em 1914, eles já tinham a intenção de se garantir economicamente – fizeram empréstimos e ‘ajudaram’ os países envolvidos na guerra a se recuperar. Na 2ª Guerra, ele entraram com força quando sua base em Pearl Harbor foi atacada pelos japoneses, mas nenhum conflito aconteceu em seu território, ou seja: sua economia estava relativamente protegida. Durante a Guerra Fria, eles gastaram bastante com armas e com a corrida espacial, mas por serem capitalistas, tinham sempre os lucros de suas empresas multinacionais direcionados para sua economia. Todo esse PODER ECONÔMICO tornou o dólar uma moeda internacional, aceita em vários países até hoje.

Outro destaque para a influência dos EA no planeta é o PODER MILITAR – eles são donos de um exército poderoso e do maior arsenal nuclear e espacial do mundo.

Além de tudo isso ainda tem o PODER CULTURAL E CIENTÍFICO – O inglês é a língua internacional, os filmes estadunidenses fazem sucesso em quase todos os países e eles ainda investem muita grana em pesquisa e tecnologia, como na área de informática, comunicação, medicina, entre outras.

Todo esse poder provocou uma influência em todos os países do mundo. Essa influência é muito positiva em certo sentido, uma vez que, favorecidos pela globalização – que é a integração dos países, conseguimos compartilhar novas descobertas da ciência e até novas formas de relacionamento humano. É por causa da globalização que hoje podemos denunciar crimes como tráfico de pessoas, tráfico de drogas, trabalho escravo, preconceitos...

O problema é que a influência dos EUA se estende no campo político, intervindo inclusive no governo de outros países. Em 1991, por exemplo, o presidente dos EUA George Bush (o pai), declarou guerra contra o Iraque alegando que o então ditador Saddam Hussein havia invadido o Kuwait. Em 2003, durante o governo de George W. Bush (o filho), novamente o Iraque foi invadido pelos estadunidenses que alegavam que eles estavam escondendo armas nucleares (o que nunca se confirmou!).. O ditador Saddam Hussein foi enforcado publicamente, essa cena rodou o mundo todo – globalização!

Todo esse domínio dos EUA e do sistema Capitalista, com sua busca por lucro custe o que custar, gerou no início do século XX um movimento conhecido como Fundamentalismo Islâmico, que tem por objetivo maior buscar soluções PRÓPRIAS para os problemas nacionais, com base em suas tradições, sem intervenção do modelo de vida ocidental.

Mas esse fundamentalismo tem combatido o modelo capitalista através do terrorismo. O principal símbolo desse ataque aconteceu em 11 de setembro de 2001, quando vários aviões foram lançados contra símbolos do Capitalismo estadunidense, a exemplo do edifício conhecido como “Torres Gêmeas”.

Esses atentados têm levado o planeta a refletir sobre a forma como estamos vivendo: estamos respeitando as diferentes culturas que existem em cada país, ou estamos tentando impor um modelo de vida que só busca o lucro independente do sofrimento do próximo?

Essa é para refletir... E na próxima aula falaremos novamente do Brasil... Espero vocês!

9º ano / 4º bimestre – AULA 2 “O Fim da URSS”


Vamos nessa, minha gente, como será que acabou aquele assunto do bimestre passo, a Guerra Fria?

Relembrando: a Guerra Fria foi um conflito não-armado entre os EUA e a URSS. Eles se ameaçavam e faziam propaganda de seus modelos econômicos: os EUA queria que todos se tornassem capitalistas, e a URSS queria que todos se tornassem Socialistas. Bem, hoje não existe mais esse lugar chamado União Soviética, e os Estados Unidos são um país muito importante. Isso quer dizer que os Esta Unidos venceram? Ou que a União Soviética é que perdeu? É a mesma coisa?

Vamos lá: a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS, tinha um território com pouco mais de 22 milhões de quilômetros quadrados, e abrigava mais de 120 nacionalidades. Ela deixou de existir em 1991, e agora nós vamos entender porquê.

Com toda essa galera junta e misturada, a chance dessa união dar certo era muito pequena mesmo. O maior país da URSS era a Rússia, e os russo tinham um sério preconceito com as outras nacionalidades. Isso já criava um mal-estar tremendo!

Além disso, a principal área de crescimento econômico da URSS era a indústria bélica – ARMAS. Durante muito tempo a produção de alimentos e roupas ficou super baixa, porque o governo estava preocupado em investir na corrida espacial e em armamento para ameaçar os EUA. Essa situação fez com que grande parte da população vivesse muito próximo da pobreza, chegando a passar fome.

Para tentar resolver isso, um cara chamado Mikhail Gorbatchev, que era Secretário Geral do Partido Comunista, criou umas reformas econômicas e políticas para tentar amenizar os problemas da URSS. Uma dessas reformas ficou conhecida como PERESTROIKA - dava liberdade de ação às empresas, além de conceder empréstimos. A outra ficou conhecida como GLASNOST – que permitiu a realização de eleições, liberdade de imprensa e debates públicos sobre o governo.

Mas nem todo mundo curtiu as idéias do Gorbatchev: muita gente achava que eles estava tentando transformar a URSS em uma região capitalistas, e fizeram protestos. O principal protesto aconteceu na Rússia em 1991, quando tentaram tirar o presidente Boris Yeltsin do poder. Não deu certo: o cara ficou, mas fez um acordo com os outros países e anunciaram o fim da União Soviética em dezembro de 1991.

Foi o fim da Guerra Fria e também o fim do Socialismo no Leste Europeu. A Alemanha já tinha arrebentado o Muro de Berlim em 1989, o que já indicava a vitória do Capitalismo naquele país. A galera do entorno seguiu o exemplo> aos poucos, os países foram se infiltrando no modelo capitalista e dando força a um movimento que hoje chamamos de GLOBALIZAÇÃO.

Vamos falar mais sobre isso?

9º ano / 4º bimestre – AULA 1 “Redemocratização do Brasil”


E aí galera, vamos ver como conseguimos nos livrar do governo dos militares e voltar a ter o direito de escolher nossos governantes... Preparados?

Como vimos no bimestre passado, os militares assumiram o governo do Brasil em 1964 alegando que iriam nos proteger do Comunismo e nos livrar da inflação. No início, a população brasileira até achava que daria certo, mas conforme o tempo passando, os militares governavam de forma cada vez mais rígida, e tudo e todos se transformaram em ameaças. A democracia – poder do povo – foi substituída por uma ditadura que ameaçava e amedrontava a população.

Em 1974, o general Ernesto Geisel assumiu a presidência da República, e prometeu conduzir nosso país de volta à democracia. Os descontentamentos com a ditadura e as denúncias de torturas e assassinatos faziam com que o Regime Militar se sentisse acuado, mas a democracia ainda demorou 10 anos pra voltar.

A população brasileira começou, então, a se organizar em grupos como sindicatos e associações. Essa organização e os crescentes problemas econômicos do Brasil fizeram com que aos poucos o governo dos militares fosse enfraquecendo.

Em 1979, foi decretada a Lei da Anistia, que permitiu que toda a galera que tinha sido expulsa do Brasil por fazer oposição ao governo, voltasse pra cá. E no início dos anos de 1980 começou a tomar um movimento que ficou conhecido como Diretas Já – as pessoas iam às ruas protestar e exigir o voto direto, ou seja, sem intermediação dos militares.

Em 1985 as eleições aconteceram, mas a população ainda não pôde votar. O que houve de diferente então? Os militares escolheram para a presidência um cara que não era militar: Tancredo Neves. O país respirou aliviado! Infelizmente Tancredo faleceu antes de assumir o governo. Quem assumiu em seu lugar foi o próprio vice: José Sarney (que hoje é senador e também presidente do senado).

Durante seu governo Sarney enfrentou aquele velho problema: a inflação. Para tentar acabar com ela, ele criou o Plano Cruzado: esse plano estabeleceu o congelamento dos preços dos produtos e o reajuste do salário mínimo. Não deu muito certo...

Apesar desses problemas econômicos, Sarney fez umas coisas legais: arrumou a legislação trabalhista e é claro a Legislação Eleitoral – a partir de 1988 a população brasileira teve de volta o direito de escolher livremente seus governantes, o que aconteceu em 1989, pela primeira vez após o Regime Militar. Voltaremos a falar disso na AULA 4.

Por enquanto, vamos ver o que estava acontecendo no mundo enquanto tudo isso estava acontecendo no Brasil...

8º ano / 4º bimestre – AULA 4 “Proclamação da República”


Última aula ano queridos! Vamos ver como o Brasil passou a ser uma República e expulsou de uma vez por todas a Família Real Portuguesa do Brasil...

A idéia de transformar o Brasil em República já era bem antiga. Desde o 2º bimestre que nós conversamos sobre um grupo de políticos brasileiros conhecidos como republicanos, lembram? Mas no final do século XIX esse grupo ganhou força com a insatisfação dos cafeicultores, que agora eram a elite econômica do país.

Durante o governo de D. Pedro II, o exército brasileiro ficou meio de lado na política brasileira. Eles tinham salários baixos, eram obrigados a ter uma rígida disciplina, e era muito difícil ser promovido na carreira. Além disso, em 1865, Uruguai, Brasil e Argentina formaram a Tríplice Aliança com o objetivo de aniquilar as tropas paraguaias que queriam saídas marítimas para escoar sua produção industrial. Os produtos paraguaios tinham que atravessar a região da Bacia do rio da Prata, que abrangia possessões territoriais do Brasil, Uruguai e Argentina.

Apesar de nos sairmos vitoriosos no conflito, o exército brasileiro não recebeu a recompensa e a importância que esperava pela atuação na guerra. A partir de 1880, uma série de conflitos entre D. Pedro II e oficiais do exército enfraqueceram o governo imperial.

Foi então que reuniões conspirativas entre militares e a elite republicana organizaram um golpe: na manhã do dia 15 de novembro de 1889, o Marechal do exército Deodoro da Fonseca marchou com suas tropas para a sede do governo, que foi obrigado a renunciar. O Brasil passou então a escolher seus governantes, como fazemos até hoje.

Como vocês devem ter observado, a população brasileira pouco participou da Proclamação da República, que foi liderada pelo exército e pela elite da época. Mas essa é uma outra história, que fica pro ano vem... Foi um prazer aprender com vocês durante este ano – Que venham novos episódios para nossa HISTÓRIA!!!

8º ano / 4º bimestre – AULA 3 “Transformações no Brasil em fins do século XIX”


E aí queridos, mais uma aulinha!

Como vimos na aula passada, os escravos estavam saindo de cena no Brasil em fins do século XIX. Mas quem é que vai trabalhar no lugar desses caras?

Bom, a partir de 1850, os países da Europa passaram por muitas dificuldades: guerras de unificação, secas, exploração industrial... Uma das saídas colocadas pelos governos desses países para essa população européia empobrecida era o trabalho na América.

O sonho de conseguir um bom emprego, de cultivar o próprio pedaço de terra e assegurar aos filhos um futuro melhor fizeram com que 4 milhões de imigrantes (quem chega) viessem para o Brasil nesse período. Com aquele problema da libertação dos escravos, o próprio governo brasileiro incentivava a vinda desses imigrantes pra cá.

Os imigrantes eram contratados pelo sistema de parceria: o fazendeiro pagava a viagem e sustentava o imigrante e sua família até a primeira colheita de café. Após a venda do café, o imigrante entregava ao fazendeiro metade do que havia produzido mais uma parcela correspondente à dívida da viagem e do sustento dados inicialmente. Coitados! Não sobrava nada pra eles!

Não demorou muito pra esses imigrantes, também chamados de colonos, começarem a reclamar dessa situação. Em muitas fazendas aconteceram até revoltas organizadas!

Na década de 1970, muita gente no mundo inteiro e aqui no Brasil também, começou a lutar pelo fim da escravidão. Isso fortaleceu o interesse do Brasil nos imigrantes. Foi lançado, então, um programa de imigração, subsidiado (pago) pelo governo brasileiro: a Imigração Subvencionada. De acordo com esse programa, o governo ficava encarregado de divulgar a imigração em países da Europa e pagar a viagem dos imigrantes e suas famílias, que receberiam um salário para trabalhar.

Aparentemente estava tudo se acertando, mas essa confusão em relação à libertação dos escravos estava deixando os cafeicultores cada vez mais insatisfeitos com o governo de D. Pedro II. Ele também pra ajudar, ainda se enfia numa guerra contra o Paraguai, enchendo o Brasil de dívidas...

Na próxima aula veremos que toda essa confusão deixou D. Pedro II muito mal visto no Brasil, e isso irá causar uma das maiores transformações de nossa história: a Proclamação da República! Vamos ver como foi?

8º ano / 4º bimestre – AULA 2 “Escravidão e Abolicionismo”


Vamos nessa queridos!

Com a ajuda do livro “Sociedade em Construção” estudamos a situação de populações africanas trazidas para o Brasil. Vamos relembrar?

Desde o 6º ano aprendemos que os seres humanos surgiram na África, e de lá se espalharam para os outros continentes. Mas é importante ressaltar que nem todos os seres humanos saíram da África: muitos ficaram lá. A África hoje é um continente com vários países, mas nem sempre foi assim. Antigamente era um continente com vário reinos, e cada um deles tinha uma organização diferente, uma religião diferente, um idioma diferente... Incrível, né!

Dentre os principais reinos africanos podemos destacar os reinos de Axum, o povo Berbere, os Bantos, o Império de Gana, o reino núbio... Mas apesar de todos esses reinos, a gente só estuda o Egito no 6º ano, já repararam? É que o Egito é uma parte da África onde as pessoas têm pele branca. Que absurdo!

Enfim, por volta do século XV, os europeus passaram a ter contato com os africanos, principalmente porque eles estavam tentando descobrir um novo caminho para chegar às Índias sem passar pelo território dos turcos (veja a AULA 3 do 6º ano). Essa viagem até as Índias pelo mar era muito longa, e os europeus ainda estavam descobrindo o caminho certo (não tinha GPS né galera!). Então, eles faziam várias paradas no litoral do continente africano, e assim passaram a conhecer esses povos que já citei.

Esses povos brigavam entre si, faziam guerras mesmo. E quando um povo perdia, virava escravo do povo que ganhava. Quando os europeus, como os portugueses passaram a ter contato com esse pessoal, começou a haver um comércio desses escravos. Prestem atenção: a escravidão começava dentro da África!

A viagem desses escravos para o Brasil era muito sofrida: sem higiene nenhuma, num aperto, com agressões físicas, além da humilhação mesmo. Quando chegavam aqui, eram vendidos para os fazendeiros como se fossem uma mercadoria mesmo. E o trabalho era duro: muitas vezes no sol, muitas horas por dia, sem qualquer tipo de benefício e ainda com muitos castigos físicos, como chibatadas.

Muitos escravos resistiam bravamente a essa situação: lutavam, fugiam, suicidavam... Muitas lutas de escravos ficaram famosas no Brasil, como a Revolta dos Malês e a Revolta Felipe dos Santos. Os escravos que conseguiam fugir se escondiam em quilombos (como uma aldeia). Pessoas brancas e pobres, além de indígenas também viviam nesses quilombos. O principal Quilombo do Brasil ficou conhecido como Quilombo dos Palmares, e o principal líder de escravos fugidos ficou conhecido como Zumbi. Ele morreu no dia 20 de novembro de 1695, e até hoje sua morte é lembrada como o Dia da Consciência Negra – uma tentativa de combater o preconceito racial no Brasil.

Durante muito tempo os portugueses fizeram esse comércio de escravos, que vinham da África para o Brasil. Mas durante o século XIX a Inglaterra passou a combater a escravidão no mundo inteiro. Ela era boazinha? Nada disso: ela tinha se industrializado! Lembrando: indústria é quando eu produzo alguma coisa de um jeito rápido, pra poder vender mais e ter mais lucro. Mas se eu produzo mais, e quero vender mais, eu preciso de gente pra comprar. Escravo tem salário? Não! Então vamos libertar os escravos, assim eles terão que trabalhar para viver, vão receber um salário e irão gastar esse salário comprando nossos produtos. Entenderam?

D. Pedro II, imperador do Brasil nessa época, ficou num dilema: não poderiam desobedecer a Inglaterra porque estávamos endividados com ela. Mas se libertasse os escravos, quem iria trabalhar nas fazendas de café? Ele começou então a fazer leis para impressionar os ingleses e mostrar a disposição do Brasil em libertar os escravos. Dentre essas leis “pra inglês ver” estava a Lei Eusébio de Queiroz – que proibia o tráfico de escravos da África para o Brasil. Não adiantou muito porque a partir daí se fortaleceu um tráfico interprovincial (entre as províncias), ou seja: vendia-se escravos que já estavam no nosso país. Outra lei criada nessa época foi a Lei do Ventre Livre, que libertava filhos de escravas – o que também não adiantou muito porque a mãe não poderia largar seu bebê pra fora da fazenda e dizer “Vai, meu filho, seja livre!”. Um último exemplo é a Lei dos Sexagenários, que libertava escravos maiores de 60 anos – essa foi a pior de todas: vocês acham que os escravos vinham da África com RG e Certidão de Nascimento? Então como saber a idade deles? Essa lei ainda trouxe problemas: escravos aparentemente envelhecidos que não rendiam tanto no trabalho, ou doentes, foram libertados/abandonados sendo considerados sexagenário... Fala sério!

Todas essas leis, e várias outras não acabaram com a escravidão de uma hora pra outra, mas diminuíram e prejudicaram o sistema escravista no Brasil. Em 1888 não teve jeito: foi assinada a Lei Áurea que libertava os escravos de uma vez por todas! Na próxima aula veremos como os cafeicultores vão se virar sem os escravos para trabalhar em suas fazendas... Até lá!

8º ano / 4º bimestre – AULA 1 “Economia Cafeeira”


Olá minha gente!

Vamos estudar sobre a economia do Brasil em meados do século XIX, preparados?

Antes de começarmos, vamos relembrar: quando os portugueses chegaram aqui, a primeira riqueza que eles exploraram foi o Pau-Brasil. Quando o Pau-Brasil acabou, eles começaram a explorar a cana-de-açúcar. Quando a cana-de-açúcar acabou eles começaram a explorar o ouro. E quando o ouro acabou eles começaram a explorar o café.

É interessante notar que essas riquezas não eram as únicas a serem exploradas. Elas eram as principais. Hoje por exemplo, o Brasil explora bastante a soja, mas não se produz apenas soja no nosso país, não é mesmo?

Enfim, continuando... No século XIX, o principal produto de exportação no Brasil era o café. Lembrando: exportação é quando a gente vende pra outro país. As plantações de café ocupavam principalmente a região que hoje chamamos de Vale do Paraíba, que é a região que moramos. Vale é toda a parte plana que fica perto de um rio. No nosso caso, o nome do rio que moramos perto é Paraíba do Sul, por isso Vale do Paraíba. Essa região já era conhecida porque na época da exploração do ouro, era por aqui que passava a galera – o ouro encontrado em Minas era levado até o porto do Rio de Janeiro para ser levado para Portugal. Tipo, a gente estava bem no meio do caminho. Com o café foi a mesma coisa: através das estradas de ferro, o café produzido aqui era levado para o porto do Rio de Janeiro, entre outros, para ser vendido para outros países.

Quem trabalhava nessas plantações eram os escravos: pessoas compradas em países do continente africano, a maioria de pele negra, e vendidas como mercadoria aqui no Brasil para servir de mão-de-obra. Veremos mais sobre esse pessoal na aula 2.

A riqueza produzida pelo café atraiu muitos investidores externos, e a região Sudeste se desenvolveu bastante nessa época. Surgia assim uma nova elite: os barões do café. Com os recursos obtidos com as vendas, os cafeicultores introduziam inovações técnicas nas fazendas, investiam em indústrias, bancos e é claro: nas ferrovias.

Mas em meados do século XIX a situação mudou um pouco... Veremos porquê na AULA3. Por enquanto, vamos entender melhor a situação dos escravos no Brasil: segue a AULA 2!

6º ano / 4º bimestre – AULA 4 “Islamismo”


Última aula do ano, minha gente! Vamos nessa...

Na aula passada vimos que o Império Bizantino foi tomado pelos turcos no século XV. Esse povo tinha costumes diferentes, e destes costumes podemos destacar sua religião. Aliás, essa religião passou a se espelhar bem antes do domínio turco pela região que hoje conhecemos como Oriente Médio: essa religião é o Islamismo.

A palavra islamismo vem do árabe islãm, que significa “submissão a Alá (deus)”. Sendo assim, o islamismo – assim como o Cristianismo – é uma religião monoteísta, ou seja, acredita em um só deus.

O islamismo foi em criado em 610 por um árabe mais conhecido como Maomé, e os seguidores do islamismo podem ser chamados de islâmicos ou de muçulmanos. Maomé nasceu na cidade de Meca, na península Arábica, por volta do século VI. Em sua tribo a religião praticada era politeísta. Mas Maomé era condutor de caravanas, por isso viajava bastante e conheceu várias culturas e religiões como o Cristianismo por exemplo.

Diz a lenda que, em 610, Maomé teve uma visão na qual lhe foi revelada a existência de um só deus. A partir daí, Maomé passou a divulgar sua visão criando uma nova religião, bem parecida como Cristianismo: o Islamismo.

O principal livro do islamismo chama-se Corão, palavra que significa “o que deve ser lido”. Nesse livro não estão escritas histórias mas sim mandamentos e normas de conduta que devem agradar a Alá (Deus) e melhorar a convivência.

Hoje o islamismo é a segunda religião com maior número de fiéis do planeta. No ano que vem vamos aprender como essa religião se espalhou e o que aconteceu com todos aqueles reinos que se formaram no Império Romano do Ocidente – vocês vão ver que tudo isso é uma coisa só!

Foi ótimo aprender com vocês neste ano! Ano que vem a gente volta com muito mais HISTÓRIA!!!

6º ano / 4º bimestre – AULA 3 “O Império Bizantino”


Vamos nessa galera: como será que ficou esse lado do Império hein?

Como vimos na outra aula, o Império Romano foi invadido por bárbaros e acabou se dividindo. Do lado do Ocidente as invasões continuaram após a divisão. Mas no lado Oriental as invasões pararam, principalmente porque a região não era fértil: não dava pra plantar e colher bastante porque o clima era seco e quente.

O Império Romano do Oriente era também conhecido por Império Bizantino por causa de sua capital, a cidade de Bizâncio, que passou a ser chamada de Constantinopla em homenagem ao imperador Constantino. Era um cidade lindíssima, que chegou a ter 1 milhão de habitantes.

No século V, no ano 476, o Império Romano do Ocidente deixou de existir, e se subdividiu em vários reinos de povos bárbaros. A partir daí, o Império Bizantino passou a ser a única lembrança daquele período de esplendor e poder. Por isso vários imperadores do Império Bizantino, como por exemplo um cara chamado Justiniano, tentaram reconquistar o Império Romano do Ocidente para tentar voltar ao que era antes da divisão. Queriam unir tudo de novo mesmo.

O Justiniano até criou umas leis, que ficaram conhecidas como o Código de Justiniano, mas não deu muito certo não.

No século VIII, trezentos anos depois da divisão do império, os imperadores bizantinos começaram a cismar com o jeito da Igreja Católica no lado Ocidental: não gostavam daquela idéia de acreditar em imagens de argila ou madeira como santas. A briga foi tão feia, que a Igreja Católica se dividiu também: do lado Ocidental ela ficou conhecida como Igreja Católica Apostólica Romana, e o líder é o papa e pode fazer imagens. No Império Bizantino, ficou conhecida como Igreja Católica Ortodoxa Grega (porque a cidade de Bizâncio tinha sido uma colônia da Grécia no passado), e o líder era o Imperador do Império Bizantino.

Esse acontecimento ficou conhecido como questão ICONOCLASTAS, que vem da palavra ÍCONE que quer dizer SÍMBOLO. E a divisão da Igreja Católica ficou conhecida como Cisma do Oriente.

É legal a gente saber também que como o território do Império Bizantino não era legal pra plantar, eles precisavam fazer alguma coisa pra sobreviver. Então eles passaram a se dedicar ao comércio, principalmente marítimo, porque a cidade de Constantinopla era cercada pelo mar Mediterrâneo. Para se dedicar a esse comércio, eles faziam artesanatos, dentre esses artesanatos podemos destacar os mosaicos, que eram figuras formadas por vários pedacinhos, sempre com formatos geométricos.

No século XV, 1000 anos depois da divisão, o Império Bizantino foi invadido por um outro povo: os turcos. Eles tinham outra religião, e a partir daí tudo mudou nessa região. É o que veremos na próxima aula!!!

6º ano / 4º bimestre – AULA 2 “Migrações Bárbaras e Cristianismo”


Olá queridos, vamos ver como acabou o maior império de todos os tempos!

A crise do século III levou o Império Romano a um processo de RURALIZAÇÃO – quando as pessoas saem das cidades para ir morar nos campos. Além disso, quanto mais o império crescia, mais difícil era de administrar.

O imperador Diocleciano até tentou fazer umas reformas, mas não deu certo: ele acabou desistindo do trono e a luta pelo poder levou ao governo de um cara chamado Constantino.

Constantino queria manter o império unido para poder governar melhor. Então, em 313 ele deu liberdade religiosa para todos os habitantes do império, tipo pra ser popular mesmo. O nome dessa lei é Edito de Milão.

Apesar de todos os esforços, o império continuava a ser invadido por bárbaros. Alguns desse nem eram tão violentos e até passaram a fazer parte do exército. Diz a lenda, que o Rei Arthur era filho de uma bárbara com um romano, e na verdade nem era rei, era general do exército, mas era tão querido que era considerado rei. Pra vocês verem como os bárbaros já estavam infiltrados no território romano!

No final do século IV, o Cristianismo se torna a religião oficial do império. Por que será?

Vamos pensar um pouco: antes de toda essa confusão, os habitantes do Império Romano eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Quando Jesus nasceu, ele passou a ser perseguido pelos imperadores romanos que achavam que ele queria tomar o poder. Não tem como a gente provar que Jesus existiu ou que era filho de Deus mesmo. Mas, o que sabemos, é que realmente tinha uma galera que acreditava no cara. Quando a crise começou, a maior dificuldade dos imperadores era unir o império, porque era muito grande. Então eles pensaram: se todo mundo tiver a mesma religião e acreditar no mesmo Deus, o império tem uma chance de se unir. Foi o que fizeram: obrigaram a galera a se converter ao Cristianismo (religião MONOTEÍTAS, que acredita em um só Deus e que Jesus Cristo é filho de Deus, por isso o nome Cristianismo). Lembrando que o Cristianismo é uma religião, ou seja, existem várias igrejas que dessa mesma religião: Assembléias, Adventista, Batista, etc..

Mas a primeira Igreja cristã do planeta foi a Igreja Católica. Lembrando que a palavra CATÓLICA significa UNIVERSAL, porque era a única igreja que existia na época. No ano que vem vocês vão estudar como surgiram as outras igrejas cristãs que conhecemos hoje.

É importante ressaltar que a partir de então, toda a organização política passou a acontecer em função de Jesus Cristo. Por exemplo: nós estamos no a o de 2012, por que? Porque faz 2012 anos que Jesus Cristo nasceu. Entenderam?

Enfim, tornar o Cristianismo a religião oficial do Império não adiantou muito. Em 395 o imperador Teodósio dividiu o império em 2 pedaços para tentar governar melhor. De um lado era o Império Romano do OCIDENTE com capital em Roma e depois em Milão; de outro lado o Império Romano do ORIENTE com capital na cidade de Bizâncio, que passou a se chamar Constantinopla e hoje se chama Istambul.

Na próxima aula vamos falar sobre o Império Romano do Oriente, também conhecido como Império Bizantino. Espero vocês!

6º ano / 4º bimestre – AULA 1 “Crise no Império Romano”


E aí, minha gente!

Nesta aula vamos ver como o maior Império de todos os tempos deixou de existir, preparado?

Como vimos no bimestre passado, o Império Romano ocupava um grande espaço: incluía a maior parte da Europa, o norte da África e um pedaço da Ásia. Grande parte dos trabalhadores do império era de escravos, e quem eram esses escravos? Eram os prisioneiros de guerra! Toda vez que havia um conflito e uma nova conquista de território, ao invés de matar todo mundo, os perdedores eram obrigados a trabalhar para os romanos como escravos.

Mas, como já dizia nosso querido Homem Aranha: “Grandes poderes exigem grandes responsabilidades”. Imagina: se você tivesse só um lápis de escrever, todo velho, você teria medo de esquecê-lo em cima da mesa durante o intervalo? Não, né – já está velho mesmo. Agora, se você tivesse um super mega estojo cheio de canetas coloridas e caras, você ficaria preocupado de esquecê-lo aberto em cima da mesa? Claro que sim! Quando mais coisa a gente tem, quanto mais poder, mas cuidado a gente tem que tomar, e mais responsabilidade temos que ter. Foi isso que aconteceu com o Império Romano: eles cresceram tanto, que começou a ficar difícil de governar.

Por volta do século, a crise começou a se manifestar. Dentro do Império já havia mais guerras, porque as guerras só aconteciam nas fronteiras em busca de mais territórios. Como não tinha guerra, também não tinha escravo. E como não tinha escravo, não tinha quem trabalhasse. E como não tinha quem trabalhasse, começou a faltar alimentos. Os imperadores, então, decidiram aumentar os impostos para tentar resolver o problema da crise. Os habitantes do império não gostaram nada dessa história. E muitas pessoas passaram a sair das cidades para ir morar nos campos, onde os impostos eram menores.

Ao mesmo tempo, povos que não pertenciam ao Império Romano começaram a invadir o império. Como as fronteiras eram muito grandes, faltavam soldados do exército para defender o território. Esses povos eram chamados pelos romanos de Bárbaros, querendo indicar que eram muito violentos. Mas os Bárbaros não eram um povo apenas, eram vários. Entre esses povos temos os Germanos, os Wikins, e muitos outros.

A população do império, com medo dos bárbaros, passou a construir grandes muralhas de pedra ao redor de suas propriedades, e grandes fortificações também de pedra, que ficaram conhecidas como castelos. Quem não tinha condições de construir fortificações, pedia proteção aos donos destas, e em troca trabalhavam de graça, como servos.

Como vocês perceberam, o Império Romano estava cheio de problemas. Na próxima aula veremos como esses problemas conduziram o império para uma divisão e para o seu fim. Até lá!

18 de setembro de 2012

9º ano / 3º bimestre – AULA 4 “Populismo e Ditadura no Brasil”




Estamos de volta amigos, última aula do bimestre!!!!

Na última aula falamos sobre o mundo de 1945 a 1989, período que ficou conhecido como Guerra Fria. Nesta aula falaremos sobre o Brasil de 1945 a 1985 quando Vargas saiu do poder e a partir de 1964 passamos a ser governados por militares. Preparem-se!

Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, em 1945, o governo de Vargas (que tinha começado em 1930) estava bem desgastado, principalmente porque as elites brasileiras já estavam cansadas de todos aqueles benefícios dados aos trabalhadores (populismo) e dos cortes com as grandes importadoras. Vargas acabou renunciando mas não se afastou da política: nas eleições daquele ano ele apoiou um candidato, Dutra, que passou a governar o Brasil em 1946.

Dutra aprovou uma nova constituição (conjunto de leis) que permitia eleições a cada 5 anos. Também mandou fechar o Partido Comunista no Brasil, por conta da Guerra Fria e do apoio obtido dos EUA, como empréstimos. E finalmente, liberou as importações como as elites tanto queriam. O problema é que a partir dessas atitudes, nosso país passou a enfrentar uma inflação fortíssima, que só piorou ao longo dos anos.

Nas eleições de 1950 advinha quem foi eleito? Vargas, vocês acreditam? Daí ele fez o que quis, afinal, estava de volta ao poder ‘nos braços do povo’, como ele mesmo disse em relação às eleições. Populista como sempre, trouxe mais benefícios para os trabalhadores, e continuou investindo no crescimento industrial. Mas desta vez, queria fortalecer a indústria brasileira. Cheio de idéias nacionalistas, rompeu com os EUA, desenvolvendo empresas estatais (do governo) como a Petrobrás e a Eletrobrás. O problemas é que a galera da grana não estava gostando nada dessa história. Se aproveitando da inflação que só aumentava, as elites brasileiras que queriam voltar a comercializar com os EUA se uniram às Forças Armadas (exército, marinha e aeronáutica) para dar um golpe e tirar Vargas do poder. Mas ele foi mais rápido: em 1954 se matou com um tiro no peito, pressionado pelos ‘inimigos’ e impedindo o golpe. Deixou uma carta antes de morrer na qual justificava sua atitude drástica, e o povo brasileiro lamentou...

O vice de Vargas, Café Filho, assumiu o governo até as próximas eleições, em 1955, quando foi eleito Juscelino Kubitschek. Juscelino ficou conhecido por ser um homem moderno, prometendo fazer o Brasil crescer durante seus mandato de 5 anos o equivalente a 50 anos. Realmente durante seu governo o Brasil aumentou o número de indústrias, trocou as ferrovias por rodovias (o que era considerado muito moderno na época), ganhou uma nova capital: a cidade de Brasília, construída especialmente para este fim... Mas nos enfiamos em uma dívida altíssima... Tudo bem...

Nas próximas eleições quem venceu foi o excêntrico Jânio Quadros, em 1961. Com medidas estranhas, como a proibição do uso de biquinis nas praias, Jânio tentou seguir o modelo getulista rompendo com empresas privadas brasileiras. Com o lema “Varre, varre vassourinha” prometeu acabar com a corrupção no Brasil, mas... Mexeu onde não devia: diante da pressão das elites com quem havia criado algumas inimizades, em agosto de 1961 (lembrando que ele assumiu em janeiro de 1961) renunciou ao cargo de presidente do Brasil (crente que o povo iria implorar sua permanência...). Ninguém comentou o fato, e o vice dele, João Goulart, assumiu o governo.

Com o mesmo posicionamento em relação às empresas privadas brasileiras, João Goulart passou a ser visto também como uma ameaça. Boatos de que ele era comunista se espalharam por todo o país, principalmente depois que ele visitou a China (que era comunista como vocês viram na aula passada em Revolução Chinesa). Imagina a cena: o cara rompe com as empresas, rompe com os EUA e ainda vai pra China – é comunista! Salve-se quem puder: nessa época todo o mundo achava que os comunistas eram ‘do mal’ e comiam criancinhas (por causa da propaganda dos EUA), e no Brasil a sociedade achava que estava correndo sérios riscos com o governo de Goulart. Foi assim que em 31 de março de 1964 os militares brasileiros assumiram o governo afirmando que estavam protegendo a nação do comunismo e e da inflação.

O governo dos militares era assim: tinham eleições mas só militares poderiam votar e serem votados. Chamamos isso de ditadura porque a população não podia participar da política nem do governo. Não podia nem reclamar. Os militares diziam que a situação era provisória, mas o governo deles durou até 1985. Durante todo esse tempo eles governavam como queriam, e aprovavam leis, chamadas de Atos Institucionais para ‘organizar’ a sociedade. O Ato Institucional n° 5, por exemplo, dava plenos poderes ao presidente da república – podia prender, exilar e intervir em qualquer um e em qualquer lugar.

Quem protestava era preso, torturado e exilado (mandado para fora do país), e muitas pessoas simplesmente desapareceram nessa época. Muitos dos nossos políticos atuais passaram por esse período protestando e lutando pela volta da democracia e da participação política, como por exemplo a nossa presidenta Dilma Roussef e o nosso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

No 4º bimestre estudaremos como esse período acabou... Espero vocês!!!

9º ano / 3º bimestre – AULA 2 “Guerra Fria”




Olá queridos!

Na última aula vimos um pouco do Brasil até 1945. Nesta aula veremos um pouco do que estava acontecendo no mundo depois desta data, ou seja: quando acabou a Segunda Guerra Mundial.

Com o fim da Guerra, os países aliados (vencedores) se reuniram e decidiram dividir o mundo em zonas de influência, para evitar um novo conflito. A Alemanha, considerada a causadora da guerra, teve seu território dividido entre os 4 países aliados. O problema é que esses países não concordavam muito com relação ao jeito de cuidar da economia. Enquanto a França, a Inglaterra e os EUA defendiam o CAPITALISMO (concentração de riquezas), a URSS defendia o SOCIALISMO (distribuição das riquezas). Na Alemanha a desavença foi tão grande, que em 1962 foi construído um muro dividindo a cidade de Berlim (capital da Alemanha): do lado Ocidental adotou-se o capitalismo e do lado Oriental adotou-se o socialismo. Em todo o mundo os países passaram a ter que decidir entre essas duas correntes econômicas (na próxima aula veremos que isso deu guerra em vários territórios, como no Vietnã, na China e em Cuba, por exemplo). Isso deu origem a um novo conflito, que ficou conhecido como Guerra Fria.

A Guerra Fria recebeu esse nome porque não houve um confronto armado entre esses países, mas as ameaças eram assustadoras! Quase que o mundo acaba mesmo...

De um lado, a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte, criada em 1949) se preparava para combater os soviéticos, e de outro o Pacto de Varsóvia (criado em 1955) se preparava militarmente também para combater os capitalistas. Esse preparo militar promoveu o desenvolvimento de muitas armas, muito mais poderosas que as bombas atômicas. Em 1962, por exemplo, aconteceu um episódio que ficou conhecido como crise dos mísseis: os EUA instalaram mísseis de longo alcance na Turquia direcionados para a União Soviética; em contrapartida a URSS instalou mísseis em Cuba, direcionados para os EUA. No mundo inteiro as pessoas ficaram atemorizadas: se os mísseis fossem acionados talvez não estivéssemos aqui hoje...

A ONU (Organização das Nações Unidas, criada em 1945) conseguiu pacificar a situação, mas as ameaças continuaram de maneira velada (disfarçada) através da propaganda e da corrida espacial.

A corrida espacial foi a disputa entre EUA e URSS para ver quem tinha mais tecnologia para explorar o espaço (universo). Por que isso? Vamos refletir: se eu tenho tecnologia para construir um foguete capaz de sair do planeta, imagina o poder que os meus mísseis têm?  Então, quem deu início à corrida foi a URSS que em 1957 conseguiu enviar o primeiro ser vivo para fora do planeta – a cadela Laika, que voltou vivinha da silva. Em 1961 a URSS seguia na frente: conseguiu enviar o primeiro ser humano para fora do planeta: o astronauta Yuri Gagarin. Mas em 1969 os EUA deram um golpe fatal: além de enviar um ser humano para fora do planeta, ainda fizeram esse ser humano pisar na lua. Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar na lua, oficializando a vitória dos EUA sobre a URSS. Mas até hoje ainda tem gente que duvida que esse fato tenha acontecido... Será?

Em relação à propaganda, os dois governos (EUA e URSS) tentavam promover seus estilos de vida, principalmente os EUA que investia em empréstimos para países ‘amigos’ (como o Brasil!), divulgava produtos inovadores na tentativa de ganhar consumidores (Mc Donald’s e Coca-Cola), produzia filmes exaltando características estadunidenses, e, assim como a União Soviética, se aproveitava de eventos coletivos, como as Olimpíadas, para promover o próprio país.

Mas em todo o mundo, as pessoas começaram a refletir sobre esse conflito e ver o que estava por trás de tudo isso. Esse é o assunto da nossa próxima aula.... Até lá!

8º ano / 3º bimestre – AULA 4 “Expansão Territorial dos EUA”




E aí, galera: última aula do bimestre!!!!!!!!

Enquanto o Brasil passava de D. Pedro I para os Regentes e para D. Pedro II, enquanto a Europa estava cheia de idéias inovadoras e desenvolvimento industrial, os EUA estava em busca de ampliar o território e se desenvolver para dominar o mundo!

No início do ano estudamos que os EUA eram uma colônia da Inglaterra, e o território deles eram só uma ‘tripinha’ no litoral do Oceano Atlântico com 13 colônias. Depois da independência (já estudamos isso também), eles começaram a se organizar e ficaram ‘safadinhos’: invadiram território que nem eram deles!!!! Coitado do México, que perdeu várias terras pra eles...

Essa conquista de território foi em direção ao Oeste das primeiras 13 colônias, e todo mundo incentivava os mais jovens a invadir o território conhecido na época como Oeste Distante em busca de uma vida melhor para suas famílias e para o país. Esses jovens eram pequenos fazendeiros, e à medida que iam conquistando o oeste destruíam tudo o que viam pela frente, como as florestas e os índios que moravam lá.

Parece cruel, né... Mas pra não parecer tão ‘do mal’ assim, os estadunidenses faziam uma forte propaganda: diziam que os índios eram os vilões e estavam impedindo o desenvolvimento do país; diziam que os COWBOYS (garoto das vacas = vaqueiros = jovens que iam para o oeste) eram os mocinhos e estavam em busca de um sonho; e digo mais: depois de um tempo surgiram até filmes defendendo essa idéia! Esses filmes ficaram conhecidos como WESTERNS (do oeste) ou filmes de FAROESTE (Far West = Oeste Distante).

Enquanto no Oeste havia pequenos fazendeiros com suas famílias, nas colônias do sul dos EUA havia grandes fazendas, com escravos e tudo (como no Brasil!). Mas nas colônias do norte ninguém queria saber de escravos, porque eles estavam investindo em indústria (como na Europa). O que uma coisa tem a ver com outra?

Escravo tem salário? Não. Se eu colocar escravos para trabalhar nas indústrias e nas fábricas, quem é que vai comprar esses produtos? Então é melhor ter trabalhadores assalariados que gastem o pequeno salário em produtos que eles mesmo fabricam: assim o lucro fica concentrado nas mãos dos donos das fábricas (olha o CAPITALISMO aí, gente!).

Em 1860 foi eleito para presidente dos EUA um cara chamado Abraham Lincoln, que era do norte. Primeira coisa que ele fez: decretou a libertação dos escravos de todo o país. Que bonzinho, né...

A galera do sul ficou indignada, porque eles não queriam libertar seus escravos. Quem ia trabalhar nas fazendas?

Esse pessoal do sul resolveu então pedir a separação dos estados do norte para formar outro país. Os estados do norte não aceitaram e invadiram os estados do sul. Começa uma guerra civil (guerra entre pessoas do mesmo país) que ficou conhecida como GUERRA DE SECESSÃO (a palavra secessão significa separação = o sul queria se separar do norte).

Quem venceu essa guerra, em 1865, foram os estados do norte: escravos foram libertados e os EUA passaram a investir na industrialização. O país se desenvolveu tanto que mais tarde se tornou a maior potência do mundo, como é até hoje. Por enquanto, né...

No próximo bimestre vamos ver como ficou o Brasil durante o governo de D. Pedro II e o mundo depois de todas essas mudanças na Europa e nos Estados Unidos. Até lá!

17 de setembro de 2012

6º ano/3º bimestre - AULA 4 "Roma - parte 2"


Continuando...

Com o prestígio que os militares passaram a ter, ele passaram a ter cada vez mais poder político e finalmente substituíram os Cônsules. Quando os Cônsules governavam Roma, dizemos que era uma REPÚBLICA, porque havia uma eleição para escolher quem seria o próximo Cônsul (como no Brasil hoje: fazemos eleições para saber quem vai nos governar). Quando os militares começaram a governar Roma, ela passou a ser um IMPÉRIO: os líderes não eram escolhidos por eleição, e o grande objetivo deles eram ampliar o território por meio  de conquistas (guerras).

Dentre as principais conquistas do início do império estão as Guerra Púnicas: que foram guerras contra os CARTAGINESES (moradores da cidade de Cartago, no norte da África que eram chamados de púnicos pelos romanos). A cidade de Cartgago foi dominada, e a partir daí as conquistas só aumentavam. Até a sociedade mudou...

Surgiu na sociedade romana um grupo conhecido por NOBILITAS, formado por patrícios e por plebeus que conseguiram enriquecer (esse grupo dará origem aos NOBRES no próximo bimestre); surgiu também o grupo dos CAVALEIROS, formado por cobradores de impostos e funcionários públicos que tinham condições de comprar e cuidar de um cavalo para participar da guerra; e é claro, o grupo que permaneceu firme e que só aumentou de tamanho: os ESCRAVOS – quanto mais guerra, mais prisioneiros de guerra, ou seja: mais escravos. No 4º bimestre veremos que isso se tornou um problema para os romanos...

Com o crescimento do império, vários problemas começaram a aparecer, veremos isso no 4º bimestre, mas já dá pra adiantar: muitos pobres começaram a passar fome, a quantidade de escravos se tornava insustentável, nas fronteiras do império começaram a acontecer invasões de outros povos...

Mas quem governava tudo isso? Os militares? Mas quais? Bom, assim que os militares passaram a ter mais prestígio, os generais do exército passaram a sugerir a substituição dos cônsules por eles mesmo. A princípio, Roma passou a ser governada por 3 generais, chamamos isso de TRIUNVIRATO. Mas esse governo não deu muito certo. Um dos generais, Crasso, morreu e então os outros dois, Júlio César e Pompeu passaram a guerrear por poder. Júlio César venceu e até governou por um tempo, mas acabou sendo assassinado também. Formou-se então o 2º Triunvirato, que também não deu certo. Os generais Marco Antônio, Otávio e Lépido também passaram a guerrear por poder. Quem venceu essa parada foi Otávio, que passou a ser chamado de AUGUSTO, palavra que significa ‘acima de todos’.

A partir de então, Roma passou a ser governada por uma cara só, e o governo era hereditário: quando Otávio morresse era alguém da família que deveria assumir o comando.

Durante o governo de Otávio, Roma passou por um período conhecido por PAX ROMANA, por causa da paz que se instalou no império. Na verdade era uma paz meio falsa porque Otávio era muito esperto: para evitar revoltas e confusões ele tentava agradar a galera deixando cada um com seus deuses, incentivando a arte e a cultura como a poesia e a literatura, além de financiar espetáculos públicos, que geralmente eram teatro, competições ou lutas entre escravos (gladiadores). Durante os espetáculos, era distribuído pão para os espectadores, o que deixava todo mundo feliz e evitava protestos contra o governo. Esse jeito de governar ficou conhecido como ‘pão e circo’: comida e diversão.

No 4º bimestre veremos que essa política do pão e circo não durou muito tempo, e o Império Romano entrará em uma crise terrível... Aguarde!

* Curiosidade: as 7 maravilhas do mundo antigo são as 7 construções escolhidas como mais lindas daquele período. Onde elas ficavam? Dentro do território do Império Romano, claro!

6º ano/3º bimestre - AULA 3 "Roma - PARTE 1"


E aí, minha gente!

Nesta aula vamos ver o surgimento de um Império maior que o Império de Alexandre: o Império Romano!

Mas o Império Romano não era grande desde sempre, né... No começo, Roma era uma cidadezinha de nada. Tem até uma história lendária (que ninguém sabe se é mesmo verdade) sobre o surgimento e a fundação da cidade de Roma (TAREFA pra vocês: pesquisar essa lenda).

O fato é que na região da Península Itálica, onde fica a cidade de Roma, tinha um monte de gente morando, como na Grécia lembra? Tinha um povo chamado ETRUSCOS, que viviam de comércio e navegações; tinham os povos itálicos, como os latinos e os sabinos, que viviam de pastorear e caçar; tinham os gregos, na verdade colônias gregas; e ainda a galera do norte da África, de uma cidade chamada Cartago.

Depois de um tempo, os etruscos passaram a dominar a região e se organizaram como um reino. Chamamos esse tipo de governo de MONARQUIA, porque é só uma pessoa que manda. Na sociedade dos estruscos tinha os PATRÍCIOS, que eram a galera da grana descendentes dos fundadores de Roma e os únicos que podiam fazer parte do exército; tinha também os PLEBEUS, que era o pessoal mais pobre que vivia de agricultura e artesanato; tinham os CLIENTES, que eram pessoas cuidadas pelos patrícios – como se fosse uma adoção mesmo (escravos libertos, estrangeiros, filhos ilegítimos); e é claro, tinha os ESCRAVOS que eram os prisioneiros de guerra ou os endividados.

Com o passar do tempo, os patrícios, que faziam parte de um grupo que ajudava o rei a governar chamado SENADO, começaram a deixar os plebeus entrar no exército para poder ampliar o território e ter mais lucro com o comércio. Esses plebeus começaram a ganhar força, e os etruscos enfraquecidos acabaram deixando o poder. Roma passou a ser governada por CÔNSULES: pessoas escolhidas pela galera e que governavam com a ajuda de ASSEMBLÉIAS (grupos de representantes da sociedade). Existiam várias assembléias: a das tribos, das centúrias e é claro: dos plebeus.

Mais uma vez o tempo passou, e Roma estava cada vez organizada. O território aumentou com as guerras e a galera do exército era adorada pela população. Todo mundo curtia os militares! Esses militares começaram a ganhar forma e....

Na próxima aula eu conto!!!!!!

6º ano - AULA 2 "Grécia - parte 2"

Olá queridos!

Então, continuando a falar sobre os gregos: vamos só dar uma polida sobre já vimos na outra aula.

Quando Alexandre (da Macedônia) dominou os gregos, o império dele cresceu muito. E ele se aproveitou do conhecimento dos gregos para organizar seu território. Esse aproveitamento ficou conhecido como HELENISMO: todo mundo passou a falar grego, passou a respeitar os deuses e a mitologia grega também. Mas como era esse jeito de viver na Grécia?

Na verdade, em cada cidade-Estado as pessoas viviam de um jeito diferente. Alexandre tentou juntar um pouco de cada coisa. Em Atenas, por exemplo: havia dois locais públicos (que todo mundo frequentava) importantes: a ÁGORA, que era tipo uma praça onde a galera discutia os problemas da cidade; e a ACRÓPOLE, que era tipo um templo mas que também servia de proteção, porque era o lugar mais alto da cidade de onde dava pra ver os inimigos. A sociedade de Atenas tinha um comportamento bem parecido com nossa sociedade de tempos atrás: era o pai que mandava na casa e escolhia o marido da filha, essa coisas... As pessoas eram chamadas de cidadãos, mas mulheres, escravos e crianças não eram considerados cidadãos, ou seja: não podiam participar das decisões importantes tomadas na cidade. Quem era cidadão podia dar opinião e até votar. Esse jeito de participar da política ficou conhecido como DEMOCRACIA, e até hoje é usado em muitos países, como o nosso por exemplo.

Já em Esparta era bem diferente. As mulheres podiam participar da vida política da sociedade, porque os maridos sempre estavam em guerra ou se preparando para uma guerra. Desde criança os meninos já iam para o treinamento, e as mulheres tinham a responsabilidade de cuidar da cidade junto com os mais idosos enquanto os homens estavam cuidando da segurança.

Para finalizar, é importante lembrar de uma coisa chamada MITOLOGIA. Mito é quando a gente inventa uma história para explicar alguma coisa que a gente não sabe como surgiu. Alexandre adorava isso! Os gregos acreditavam que tudo no mundo acontecia por causa da vontade dos deuses. E os deuses eram como um ser humano melhorado: sentiam raiva, dor, alegria, se apaixonavam... Mas não morriam! Além disso, os deuses gregos eram muito sábios e bonitos, o que faziam com que todos se esforçassem para serem parecidos com os deuses e para agradá-los. Por isso faziam sacrifícios e festas onde demonstravam beleza, força e inteligência. A festa mais famosa ficou conhecida como OLIMPÍADAS, porque acontecia na cidade de Olímpia em homenagem ao deus Zeus.

Na próxima aula veremos o surgimento de um império ainda maior que o império de Alexandre: o Império Romano! Até lá...

13 de agosto de 2012

6º ano/3º bimestre - AULA 1 "Grécia - parte 1"


 
Olá queridos, vamos à Grécia?

Começamos nossa aula lembrando que atualmente existe um país chamado Grécia, que fica na Europa. Mas essa Grécia que estamos citando aqui é a Grécia Antiga: uma região que ocupava um território maior e que era organizada de um jeito bem diferente.

A Grécia Antiga pode ser divida em 3 regiões: INSULAR (tipo ilha mesmo), PENINSULAR (uma quase ilha, rsrs) e CONTINENTAL (tipo ‘terra firme’, sabe?). Essas regiões eram organizadas em reinos, bem parecidos com os da Mesopotâmia, com camponeses, escribas e até palácios. Mas depois de um tempo, esses territórios foram invadidos por vários povos: aqueus, dórios, jônios e eólios. Esses povos acabaram se misturando, e essa mistura é que deu origem ao que a gente chama hoje de GREGOS.

Depois dessa invasões, os gregos acabaram se organizando em núcleos familiares: tipo cada um com sua família. Esses núcleos eram chamados de GENOS (lembrando GENÉTICA, GENTE, GENEROSIDADE...), e quem mandava nessa galera era o homem mais velho da família.

Mas depois de um tempo o genos foi crescendo e se organizando, dando origem às Cidades-Estado: também chamadas de PÓLIS, eram cidades independentes e bem organizadas. As principais polis eram Atenas e Esparta, e na sua tarefa você vai pesquisar sobre elas, ok?

Como a população continuou crescendo, as polis passaram a dominar outras regiões, que eram chamadas de colônias, e passaram a fazer parte da Magna Grécia.

Na nossa revisão, nós conversamos sobre os Persas, lembra? Então, os persas passaram a disputar território com os gregos. Teve guerra e tudo! Aliás, foram várias guerras, 3 delas foram muito grandes mesmo! Essas guerras ficaram conhecidas como Guerras Médicas, porque os gregos chamavam os persas de MEDOS, mas era puro preconceito. Os gregos conseguiram vencer os persas, e uma das batalhas mais famosas foi a que aconteceu na cidade de Maratona (isso também é tarefa, viu!).

Depois que venceram os persas, as polis gregas passaram a disputar influência e poder, e brigaram entre si. Quem se deu bem nessa guerra, chamada de Guerra do Peloponeso, foi Esparta. Na verdade ela não se deu tão bem assim, porque teve muitos gastos e muito desgaste com a guerra. Se aproveitando desse enfraquecimento, um povo que vivia ao norte dos gregos, os MACEDÔNIOS, dominaram a região: implantaram um novo modo de viver que ficou conhecido como helenismo. O principal líder deles é muito famoso: Alexandre, o Grande... Mas isso é assunto para a próxima aula – até lá!


9 de agosto de 2012

9º ano - AULA REVISÃO "Segunda Guerra Mundial"


Texto de Oldimar Pontes Cardoso





Os governos da França e da Inglaterra, ainda traumatizados com a Primeira Guerra, não usaram da força militar para obrigar os alemães a cumprir os termos do Tratado de Versalhes.

O governo soviético estava preocupado com a possibilidade de uma guerra a qualquer momento. Por isso, em 1939, assinou com o governo alemão um tratado de não-agressão. Com base nesse tratado, a Alemanha anexou uma parte da Polônia, a outra parte foi tomada pelos soviéticos.

Como a França e a Inglaterra mantinham com a Polônia um acordo de proteção militar, declararam guerra à Alemanha. Desde 1936, Alemanha, Itália e Japão mantinham uma aliança militar – chamada Eixo - , o que levou também esses outros dois países à guerra.

A União Soviética se manteve fora do conflito até 1941, quando seu território foi invadido por tropas alemãs. Os EUA também se mantiveram fora da guerra até 1941, quando Pearl Harbor, uma de suas bases militares no oceano Pacífico, foi atacada pelos japoneses.

Até 1941, os acontecimentos pareciam indicar a vitória do Eixo contra os aliados. Mas os soviéticos conseguiram impedir o avanço das tropas nazistas nas proximidades de Moscou. Essa ação obrigou os nazistas a recuar e rumar para a cidade de Stalingrado, onde foram vencidos pelos soviéticos.

Do outro lado da Europa, tropas estadunidenses, canadenses e inglesas desembarcaram no litoral da França em junho de 1944, combatendo as tropas nazistas aí estabelecidas. Para ampliar a importância desse acontecimento, ele foi chamado de “Dia D” pelos Aliados.

A derrota em Stalingrado foi um duro golpe nos nazistas, que perderam a fama de invencíveis. Os soviéticos conquistaram Berlim em maio de 1945, pondo fim ao regime nazista na Alemanha.

Em agosto do mesmo ano, depois que os EUA lançaram duas bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki e ameaçaram lançar outra sobre Tóquio, o Japão se rendeu aos Aliados.

Muitos civis que sobreviveram aos bombardeios e batalhas terrestres acabaram vitimados por doenças e pela fome. É importante ressaltar que milhares de civis foram vítimas de campos de concentração, onde eram alojados todos os considerados inimigos potenciais. Os prisioneiros dos campos de concentração eram obrigados a trabalhos forçados, eram utilizados como cobaias em experiências científicas e assassinados em massa quando isso convinha.




6 de agosto de 2012

8º ano - AULA 1 "O Governo de D. Pedro I"


Texto de Oldimar Pontes Cardoso



No momento da independência, o governo de D. Pedro, sediado no Rio de Janeiro, só controlava as capitanias de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais No restante do país ainda havia governos locais ligados a Portugal e apoiados por suas tropas.

Além de enfrentar os soldados portugueses enviados para manter o Brasil ligado a Portugal, o governo imperial teve de lidar com os republicanos. Estes também eram inimigos do imperador, mas por outros motivos; Os republicanos queriam um Brasil independente, mas não admitiam o governo de Pedro, filho do rei de Portugal. Para eles, a independência só seria completa quando o Brasil se tornasse uma República.

O conflito entre republicanos, monarquistas e portugueses também existia no interior da Assembleia Constituinte, reunida em maio de 1823 para preparar a primeira constituição brasileira. Os deputados, principalmente os republicanos, queriam limitar ao máximo o poder do imperador. Apesar de declarar que desejava uma Constituição liberal, Pedro não queria ter sua autoridade questionada e se ofendia com as tentativas de limitação do seu poder.

Apoiado pelos comerciantes portugueses, que também eram inimigos dos republicanos, em novembro de 1823 Pedro I fechou a Assembleia Constituinte. No ano seguinte, impôs aos brasileiros uma constituição feita ao seu modo: além dos tradicionais poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Pedro acrescentou um quarto, o Poder Moderador, exercido por ele mesmo.

6º ano - AULA INTRODUÇÃO "Os Persas"




Texto de Oldimar Pontes Cardoso

Os MEDOS e os PERSAS eram tribos nômades indo-européias originárias da Ásia central. Por volta de 2000 a.C., elas se estabeleceram no planalto iraniano, entre o mar Cáspio e o Golfo Pérsico, região hoje ocupada pelo Irã. Os medos, no começo do século VII a.C., foram os primeiros a constituir um reino centralizado, sob a liderança de Déjoces.
Durante o reinado de Ciaxares (625-585 a.C.), neto de Déjoces, os medos dominaram os persas e outros povos, ampliando as fronteiras do reino. Com o apoio dos babilônios, enfrentaram os assírios e destruíram sua capital, Nínive, em 612 a.C..
Em 550 a.C., o líder persa Ciro rebelou-se contra o domínio dos medos. Em 539 a.C., data aproximada da fundação do Império persa, as tropas de Ciro conquistaram a região da Mesopotâmia. Para capital do império, Ciro mandou construir a cidade de Pasárgada, e dividiu o império em vinte regiões administrativas, chamadas SATRAPIAS, que eram ligas por estradas
Na Mesopotâmia, Ciro tratou com generosidade os povos escravizados pelos babilônios, permitindo que os hebreus submetidos ao cativeiro de Babilônia voltassem para a Palestina.
No século IV a.C., uma nova potência, a Macedônia, desafiou o Império persa. Seu rei, Filipe II, dominou a Grécia em 339 a.C. Em 331 a,C., as tropas do filho de Filipe II, Alexandre, conquistaram o Império persa.


23 de junho de 2012

2015 / 8º ano - AULA 5 "Revolução Francesa e a Era Napoleônica"

A sociedade francesa do século XVIII estava dividida em 3 grupos, também chamados de Estados: o CLERO (Igreja); a NOBREZA (ricos) e o 3º Estado ou CAMPESINATO (mas não tinham só camponeses: havia muitos comerciantes e artesãos também). Esse pessoal do 3º Estado era o único que trabalhava e pagava impostos, e não poderiam trocar de Estado, porque acreditavam que os privilégios eram concedidos por Deus no momento do nascimento.

Por volta de 1780 aconteceram alguns distúrbios climáticos na França, como inundações e secas Daí a produção de alimentos ficou prejudicada, os preços subiram, o comércio também ficou prejudicado e boa parte da população começou a passar fome. O rei Luís XVI passou a buscar soluções para a crise econômica francesa: ou ele obrigava os outros 2 estados a pagar impostos ou aumentava os impostos sobre o 3º Estado. Para decidir isso ele convocou uma Assembleia Geral: uma reunião com representantes dos 3 estados. Mas as votações eram feitas por Estado e não por pessoa. Assim, o 1º e o 2º Estados, que estavam cheios de privilégios, iriam combinar seus votos. O 3º Estado lançou, então, uma campanha para que a votação fosse por pessoa e não por Estado. O rei não concordou e o 3º Estado se retirou, afirmando que a partir daquele momento estavam em Assembleia para escrever um novo conjunto de leis para a França - uma Constituição. Imediatamente o rei mandou reprimir essa assembleia, e no dia 14 de julho de 1789 os populares da cidade de Paris saíram às ruas em protesto, saqueando armas e alimentos. Conseguiram apoio do exército, e invadiram a Bastilha - uma prisão de pessoas que não concordavam com o governo de Luís XVI.

Depois disso, alguns privilégios foram abolidos pelo rei, e foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, um documento que estabelecia a liberdade, a igualdade e a fraternidade entre todos os seres humanos. Mas o 3º Estado queria que o rei obedecesse a Constituição, ou seja: não governasse sozinho e absoluto como sempre fizera. O rei começou a fazer alianças com outros países contra seu próprio povo, pois não queria abrir mão de seu poder. Os camponeses, junto com os burgueses, declararam que a pátria estava em perigo, pois se sentiram traídos pelo seu próprio rei. Um exército estrangeiro foi vencido pelo povo de Paris, e o rei foi julgado e executado em praça pública.

O 3º Estado estava dividido em 2 grupos: os GIRONDINOS e os JACOBINOS. Os girondinos eram os burgueses, e os jacobinos eram os camponeses mais pobres. Quem assumiu o governo foi o Jacobino Robespierre: ele era super radical e começou a perseguir e matar todo mundo que ele considerava uma ameaça pra França e pro seu governo. Foi tanta gente perseguida e morta que essa época ficou conhecida como o Período do Terror. Até amigos de Robespierre foram considerados traidores, como Danton e Hebert. Esse terrorismo fez com os jacobinos se enfraquecessem politicamente, daí os girondinos aproveitaram a situação e deram um golpe: assumiram o poder, prenderam e executaram Robespierre, e confiaram o poder a um Diretório - 5 deputados burgueses iriam governar a França juntos. Se aproveitando da insatisfação da população com esse governo, um general do exército chamado Napoleão Bonaparte deu golpe nos girondinos e assumiu o poder, se auto intitulando imperador da França.

Durante seu governo, Napoleão tomou medidas para levantar a economia da França e manter o território protegido. Distribuiu terras para os camponeses, criou o Banco da França e emprestou dinheiro aos industriais, estimulou a educação criando escolas públicas... Tudo isso fez com que a França se fortalecesse. Mas Napoleão queria mais: começou a almejar expandir o território francês e ampliar o comércio com os países da Europa. Para isso, ele precisava vencer a concorrência com a Inglaterra e fortalecer  seu exército. Decretou o Bloqueio Continental: obrigou todos os países da Europa a não mais fazer comércio com a Inglaterra, os que insistissem seriam invadidos e teriam seu território tomado pelo exército francês.

Os países da Europa não ficaram contentes com essas atitudes de Napoleão, e começaram a planejar formas de burlar o Bloqueio Continental. A Rússia foi a primeira a fazer isso abertamente e foi invadida pelas tropas de Napoleão. Usaram, então, uma tática de guerra conhecida como 'terra arrasada' - foram recuando e atraindo o exército de Napoleão para as regiões mais frias do país, e ao mesmo tempo iam queimando suas próprias lavouras e tudo o que pudesse ser útil aos seus invasores. Com fome e frio, o exército de Napoleão perdeu sua primeira batalha em Moscou no ano de 1812.

Depois da primeira derrota, outras aconteceram, e Napoleão finalmente foi vencido em 1814, quando foi enviado à Ilha de Elba. Ele até tentou fugir e voltar ao poder em 1815, mas seu governo durou 100 dias e ele foi capturado novamente. Morreu sozinho em 1821, isolado em outra ilha.

A França voltou a ter um rei, Luís XVIII - irmão do rei que fora guilhotinado no início da Revolução, e um Tratado foi assinado na cidade de Viena, na Áustria, para que os territórios invadidos por Napoleão fossem devolvidos. Uma Aliança também foi assinada por alguns países da Europa para evitar que novas revoluções ocorressem.

A Revolução Francesa é um dos acontecimentos mais incríveis da História da Humanidade, porque nela a população se organizou contra seu próprio governante em busca de sobrevivência. Claro que os burgueses estavam mais preocupados com seus bolsos do que com a fome dos camponeses, mas só o fato deles começarem a buscar a ideia de Direitos Humanos já foi uma grande vitória para todos nós...


Na próxima aula veremos a situação do Brasil durante toda essa confusão na Europa, até lá!

18 de junho de 2012

6º ano - AULA 6 "Fenícios e Hebreus"

Última aula do bimestre queridos!!!

Falemos agora de dois povos um pouco diferentes dos que vimos até aqui. São diferentes principalmente porque não estavam fixos em torno de rios, e tinham culturas um pouco diferentes dos demais. Vejamos...

O Fenícios ocupavam uma faixa de terra situada entre o litoral do Mar Mediterrâneo e as montanhas do atual Líbano. As altas montanhas impediam os fenícios de adentrar o continente, por isso ele se voltaram para o mar e passaram a desenvolver o comércio marítimo.

Os Fenícios estava divididos em cidades-Estado, ou seja: cidades totalmente independentes umas das outras. Isso aconteceu principalmente por causa do isolamento geográfico que já falamos antes. Por causa dessas características, ele desenvolveram o artesanato (para comercializar), técnicas de navegação e uma escrita que acabou se tornando a origem de nossa escrita atual.

Eles eram politeístas também, e cada cidade fenícia tinha suas divindades próprias. Como faziam bastante comércio, tinham contato com vários povos, isso deixou sua cultura cheia de elementos diferentes, misturando várias culturas em uma só.

Já os Hebreus eram monoteístas, ou seja: acreditavam em único deus. Sabemos a história dos Hebreus principalmente por causa de sua religião, que tem seus princípios escritos em um livro muito famoso hoje em dia: a Bíblia.

Uma outra característica dos Hebreus é o fato deles serem nômades, o que quer dizer que não tinham moradia fixa. De acordo com a Bíblia, Abraão era um pastor nômade da Mesopotâmia. O Deus de Abraão lhe ordenou que partisse dali com seu grupo para uma terra com mais pastagens para o rebanho. Essa terra era chamada Canaã (atual Palestina), e ficou conhecida como Terra Prometida.

Nessa nova terra os hebreus continuaram sendo nômades, e eram liderados por PATRIARCAS, ou seja: os homens mais velhos de cada família. Mas depois de um tempo, a região passou por um período de seca, e os hebreus migraram para o Egito em busca de sobrevivência. Depois de algum tempo, os egípcios escravizaram os Hebreus, e estes fugiram de volta para Canaã. O problema é que já havia outros povos morando lá, o que levou a várias guerras e conflitos. Depois de estabelecidos de volta a Canaã, os Hebreus passaram a ser governados por juízes: homens responsáveis pela resolução de problemas coletivos. Mas diante das ameaças de povos vizinhos, os Hebreus substituíram os juízes por reis. Com a morte do rei Salomão, o território foi dividido em 2 partes: Israel, com capital em Samaria, e Judá, com capital em Jerusalém. Mas em 587 a.C. o reino de Judá foi conquistado rei Nabucodonosor (lembra da AULA 3?), e parte da população foi levada como escrava para a Babilônia. Em 722 a.C. a Samaria já havia sido tomada pelos Assírios (ver AULA 3), e os israelenses ou israelistas havia se misturados com aqueles povos. O povo de Judá não aceitava mais o povo de Israel como parentes, e poassaram a chamá-los de SAMARITANOS, ou seja: habitantes de Samaria, capital de Israel. E os habitantes de Judá eram os JUDEUS, o povo escolhido por Deus, porque conseguiram não se misturar.

Quando os Persas conquistaram a Babilônia (veremos isso no 3º bimestre), os judeus voltaram para Jerusalém. E no 4ª bimestre veremos que os romanos irão proporcionar uma repressão aos judeus e eles se espalharão pelo mundo, mais uma vez sem território fixo. Espero vocês para nossas novas aventuras pela História... Até lá!!!

6º ano - AULA 5 "Índia"

Olá pessoal, vamos curtir um pouquinho da História Antiga da Índia?

Como nas outras civilizações, eles também tinham rios importantes, são eles: o rio Indo e o rio Ganges. E também como nas outras civilizações, o território deles era um pouco maior e um pouco diferente do que é hoje.

A primeira fase da História Antiga da Índia é conhecida pela cultura HARAPENSE, um grupo roganizado de pessoas que viviam em uma cidade chamada Harapa. Acredita-se que eles eram muito organizados porque faziam comércio com povos do Ocidente, e produziam de forma eficiente cereias e frutos como: cevada, ervilha, melão, damasco, gergelim... Também desenvolveram o artesanato, o que servia para fortalecer o comércio também. Fabricavam instrumentos e armas como martelos e facas, utensílios domésticos como panelas e jarras, e jóias como braceletes e pentes com pedras semi preciosas.

Em 1900 a.C. aconteceu um problema climático na Índia, e muitos povos começaram a migrar para a cidade de Harapa para fugir de uma seca, o que empobreceu a região. Povos nômades e guerreiros passaram a dominar região, e começava um novo período na História da Índia: o período VÉDICO.

O período Vèdico tem esse nome porque só sabemos dessa história por causa da existencia de livros religiosos chamados Vedas. Esses livros mostram que a sociedade indiana desse período estava dividia em grupos sociais chamados de castas. As principais castas eram: BRÂMANES (eram os sacerdotes), XÁTRIAS (nobres guerreiros), VAIXÁS ( Comerciantes, agricultores, artesãos), SUDRAS (servos) além dos INTOCÁVEIS que eram pessoas consideradas impuras por desobedecer às ordens religiosas.

A religiãos era muito importante para os indianos. Eles também eram politeístas e seus principais deuses eram as forças da natureza, como o ar, o vento, a terra e o fogo. Eles também acreditavam na reencarnação, ou seja: todos estamos de passagem e após a morte iremos reencarnar em um novo corpo em busca da evolução do espírito. Com o passar do tempo apareceu a crença em um deus acima dos outros deuses, o Brahma. Por isso a religião de muitos indianos é chamada de Brahmanismo. O Brahmanismo também é conhecido como hinduísmo nos dias atuais.

Na próxima aula encerraremos o bimestre falando de mais uma galera da Idade Antiga. Espero vocês!

6º ano - AULA 4 "China"

É isso aí galera, vamos falar um pouquinho sobre a História da China Antiga...

Como vimos, todas as civilizações se desenvolveram perto de algum rio, porque assim poderiam usar a água para beber, para dar de beber aos animais, e para cuidar das plantações. Na China não foi diferente: os principais rios da China eram os rios Yang-tsé e o rio Hoang-Ho.

Por causa desses rios, os chineses perceberam que um produto que se dava bem com aquele clima e aquela umidade era o arroz. Por isso, o principal produto na época eraa o arroz. O rio Hoang-Ho também é chamado de Rio Amarelo, porque recebe sedimentos amarelados devido às chuvas e aos ventos.

A China Antiga era governada por dinastias, ou seja: famílias que passavam o poder de geração em geração. A primeira grande dinastia da China foi a Dinastia CHAN, conhecida por desenvolver o comércio, a tecnologia do bronze, a tecelagem da seda e a produção de cerâmicas brancas esmaltadas. Mas por volta do século XII a.C. um povo vindo do oeste tomou os domínios da Dinastia Chan. Começava assim um novo governo: o da Dinastia CHOU.

A Dinastia Chou ficou conhecida por ampliar a produção agrícola e fortalecer o comércio. A sociedade estava dividida entre NOBRES e CAMPONESES, além dos escravos que eram prisioneiros de guerras. Mas por volta do século VIII a.C. os nobres começaram a brigar por poder, e o império se enfraqueceu se dividindo em vários reinos. Um povo que estava se fortalecendo a oeste se aproveitou desse enfraquecimento e tomou o poder: começava o governo da Dinastia CH'IN.

A Dinastia Ch'in se destacou por concentrar o poder nas mãos de seu governante, e por buscar proteger seu territótio de invasores. Foi nessa época que aconteceu a construção da Grande Muralha da China, uma linha de defesa de quase 5 mil quilômetros de extensão. Quando o principal governante morreu, a dinastia se enfuaqueceu, e outro povo assumiu o poder. Em 205 a.C. começava o governo da Dinastia HAN.

A Dinastia Han se destacou pelo desenvolvimento cultural. Os governantes procuravam manter o poder centralizado, mas também queriam ampliar o território e o contato com outros povos. Investiram no comércio com o Ocidente e fortaleceram a literatura com base nas crenças populares. Também fortaleceram as artes e o  comércio de artesanatos, como tapetes, esculturas e objetos decorativos.

Falaremos mais sobre a China no 4º bimestre. Por enquanto ainda falremos de História Antiga, desta vez a civilização estudada será a Índia... Vamos nessa?

6º ano - AULA 3 "Mesopotâmia"

Vamos nessa, queridos! Alguém imagina o que seja a Mesopotâmia atualmente?

Pois é, hoje em dia não existe nenhum lugar no mundo chamado Mesopotâmia, isso porque chamaos de MNesopotâmia uma região, e não um país ou um grupo de pessoas. A palavra Mesopotâmia significa 'terra entre rios', porque era uma região por oindem passam 2 rios importantes: o rio Tigre e o rio Eufrates. Hoje em dia nesse lugar estão vários países do Oriente Médio, como o Iraque por exemplo.

Na Mesopotâmia havia dois grupos sociais: os LIVRES e os ESCRAVOS. Mas os escravos, assim como no Egito, eram em quantidade pequena (também prisioneiros de guerra ou escravizados por dívidas).

Eles também eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses, e os templos representavam as moradias dos deuses. Essa atividade religiosa favoreceru o desenvolvimentos das ciências. A escrita por exemplo, mostrava a relação entre o mundo natural e o sobrenatural. Ficou conhecida como escrita CUNEIFORME porque usavam um estilete de vime em forma de cunha para escrever sobre a argila. A astronomia também se desenvolveu bastante nesse período, mas para eles estava totalmente ligada com a astrologia. Estudavam os astros para tentar entender melhor a vontade dos deuses.

Como já falei antes, a Mesopotâmia era uma região e não um país. Por isso, vários reinos e povos moraram nesse lugar. Os principais impérios mesopotâmicos foram: IMPÉRIO ACÁDIO (povoado por povo conhecido como Sumérios), Império Babilônico (conhecido por um conjunto de leis criado por seu principal governante Hamurábi), IMPÉRIO ASSÍRIO (conhecido pela violência com que tratavm os povos com quem guerreavam), IMPÉRIO CALDEU (também conheciudo como 2º Império Babilônico, com uma curta duração devido a morte de seu principal governante o rei Nabucodonosor, responsável por tentar construir o maior templo da época: a Torre de Babel).

Na próxima aula veremos mais uma civilização importante: a China! Preparados?