22 de agosto de 2016

2016 - 9º ano: AULA 8 "Populismo no Brasil"

Oi pessoal, mas um pouquinho de História do Brasil, bora lá?

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o mundo estava de olho nos ditadores – depois de Hitler, né, é melhor ter cuidado! E no Brasil não foi diferente: Getúlio Vargas estava no poder desde 1930 e, diante de toda essa situação mundial que deu força à oposição no Brasil, foi deposto.

Nessa época havia 2 projetos políticos no Brasil: o Nacional-Estatismo, defendido por Getúlio Vargas, e o Liberalismo-Conservador, defendido por Carlos Lacerda. Esses dois projetos de distribuíam em 3 partidos políticos: os getulistas PTB – Partido Trabalhista Brasileiro, e PSD – Partido Social Democrático; a oposição era feita pela UDN – União Democrática Nacional.

Nas eleições de 1945 venceu o general Eurico Gaspar Dutra, que apesar de defender a coligação getulista, adotou o liberalismo no início do governo, facilitando a livre importação de mercadorias. Foi uma bela aproximação dos Estados Unidos em plena Guerra Fria, e um gás na economia que voltou a crescer depois que toda essa importação voltou ao controle do governo brasileiro.

Nas eleições de 1950, avinhem: ele, Getúlio Vargas, é eleito! Com o foco na nacionalização da indústria, investiu forte na indústria de base – aquela que fabrica matéria-prima para as outras indústrias, e radicalizou aumentando até o salário mínimo criado por ele no governo anterior. Além disso, investiu no Conselho Nacional de Petróleo, incentivando a exploração e o refino por uma indústria brasileira – nascia a Petrobrás.

Mas tantas atitudes populistas fizeram com que a oposição ficasse cada vez mais dura. Diante da pressão e das manifestações contrárias ao seu governo, em 04 de agosto de 1954 Getúlio Vargas suicida.

No ano seguinte, 1955, Juscelino Kubitscheck, também de um partido getulista, foi eleito para a presidência do Brasil. Em seu governo lançou o Plano de Metas, prevendo investimento em 5 grandes áreas: energia, transporte, indústria, alimentação e educação. Todo esse investimento tinha por objetivo ‘modernizar’ o país nos padrões estadunidenses – lembrando que estávamos em plena Guerra Fria – substituiu as ferrovias por rodovias, incentivou as indústrias automobilísticas e de bens de consumo, e construiu uma nova cidade para sediar a capital do Brasil: Brasília.

Nas eleições de 1960 foi eleito Jânio Quadros, que pretendia varrer a corrupção e se alinhar à União Soviética – claro que ele foi acusado de comunista pela oposição! Ficou conhecido por tomar decisões não muito ligadas à função do presidente – tipo proibir o biquíni nas praias, mas o fato mais interessante foi sua renúncia: logo no início do mandato ele escreveu uma carta e surpreendeu a todos desistindo do cargo. Fofocas da História dizem que ele não tinha apoio pra governar e na verdade a renúncia deveria ser seguida de uma manifestação popular exigindo sua permanência, o que lhe daria mais poder. Não foi o que aconteceu: em 1961 o vice João Goulart assumiu a presidência.

João Goulart teve atitudes inda mais ‘comunistas’ que Jânio: propôs reformas em áreas consideradas básicas, tipo educação, tributação, eleição, reforma agrária, etc... Os trabalhadores rurais super apoiavam e até se organizaram nas Ligas Camponesas. Mas a oposição ficou inconformada: várias manifestações, inclusive com apoio da Igreja Católica, atacavam João Goulart o tratando de comunista e até de anarquista.


Os militares se uniram à oposição, e em 31 de março de 1964 deram um Golpe de Estado: começava um dos períodos mais tristes da nossa História, a Ditadura Militar. Vamos ver como foi? Aguarde as próximas aulas...