30 de agosto de 2009

Independência das colônias na América Espanhola

Ao contrário do que aconteceu na colonização inglesa, a colonização espanhola e portuguesa implantou um regime de exploração das riquezas das colônias em benefício dos governos e comerciantes da metrópole. Por isso, depois do primeiro século de colonização, começaram a surgir conflitos entre os colonos e as autoridades que seguiam as determinações das metrópoles. Para continuar explorando as riquezas da colônia os governos precisavam a ajudar a colônia a crescer, mas se a colônia crescesse demais ela poderia lutar contra sua própria metrópole.
Por causa da Revolução Industrial, países como Espanha e Portugal precisavam comprar matéria-prima (barata) para seus produtos industrializados (caros) e precisavam vender esses produtos industrializados (PACTO COLONIAL).
Durante as três primeiras décadas do século XIX, as colônias espanholas lutaram pela independência em relação à metrópole. Foram vários acontecimentos e não uma revolução única.
O pensamento Iluminista que colaborou para a Independência dos Estados Unidos se espalharam pelas colônias espanholas, colaborando para a crítica ao absolutismo e a luta pelo anticolonialismo.
Além das idéias liberais, as lutas pela independência foram impulsionadas pela consciência das elites coloniais de que os laços com o governo espanhol, liderado pela elites espanholas (os CHAPETONES) dificultavam o crescimento da América. Essa elites eram constituídas pelos CRIOLLOS (que eram os filho de espanhóis nascidos na América), pelos LATIFUNDIÁRIOS (pessoas que produziam em grandes propriedades de terra e exportavam sua produção), COMERCIANTES URBANOS, etc. As camadas populares eram constituídas por INDIGNAS, MESTIÇOS, HOMENS BRANCOS POBRES, etc. Todos lutavam contra a metrópole, mas por razões diferentes.
Entre 1810 e 1828, aconteceram muitas revoltas. Uma das mais importantes aconteceu no México, e de lá se espalhou pela América Central. Na América do Sul surgiram dois homens muito importantes: SAN MARTÍN (1778-1850) e SIMÓN BOLÍVAR (1783-1830). Bolívar acreditava que depois da independência, todas as colônias da América deveriam se unificar. Mas isso não aconteceu, principalmente porque as elites locais preferiram garantir seus poderes nas regiões onde já atuavam.
Outro acontecimento interessante desse período foi a independência do Haiti, que era uma colônia francesa. O movimento teve início em 1791 liderado pelos escravos. Em 1825 o país conseguiu sua independência, mas a economia estava arrasada e a produção destruída.
Entre os governos europeus, praticamente nenhum colaborou com os movimentos pela independência da América espanhola e do Haiti. Apenas o governo da Inglaterra foi favorável à emancipação das nações latino-americanas, pois convinha à industrialização inglesa, que se interessava em conquistar novos mercados para seus produtos.
Em 1823, o presidente dos Estados Unidos JAMES MONRE (1758-1831) anunciou a disposição dos Estados Unidos em impedir que qualquer país europeu estabelecesse colônias na América. Sua frase ficou conhecida no mundo todo: “A América para os americanos”, mas porque ele tinha tanto interesse em proteger a América?

FONTE:
Prof.ª Joice Fernandes

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