26 de março de 2010

8º ano 2010 - Revolução Inglesa

No final do século XV, a Inglaterra passou por uma guerra (Guerra das Duas Rosas) entre 2 famílias (Lancaster e York) que disputavam o trono. Por isso, o absolutismo inglês teve início com o rei Henrique VII, que tinha laços de parentesco com as duas famílias e recebeu apoio da burguesia. Ele foi o fundador da Dinastia TUDOR. No reinado de Elizabeth I (1558-1603) o país se desenvolveu muito, principalmente por causa do incentivo à expansão colonial inglesa (inclusive à pirataria). Mas com sua morte, não houve descendentes diretos, e seu primo, Jaime I (que era rei da Escócia) se tornou rei, dando início à dinastia dos STUART.
Ao perceber que o absolutismo não interessava mais, a burguesia e a nobreza rural (gentry) passaram a questioná-lo. A Inglaterra no século XVII era uma monarquia absolutista, mas possuía um parlamento. Ou seja: o rei não podia tomar decisões sozinho como na França. O Parlamento era comporto pela Câmara dos Lordes (clero e nobreza - que detinham o poder político) e Câmara dos Comuns (nobreza rural (gentry), pequenos e médios proprietário rurais (yomen) e burguesia – que detinham o poder econômico). Só quem possuía propriedades poderia fazer parte do parlamento, logo, a maior parte da população (camponeses e trabalhadores urbanos) não poderiam influenciar nas decisões. Apesar do Parlamento, o rei detinha bastante poder: ele poderia convocar o parlamento quando quisesse, também comandava a Igreja Anglicana (lembra da reforma?) e as decisões militares.
Em 1628 os parlamentares aprovaram a PETIÇÃO DE DIREITOS, restringindo o poder do rei sobre os impostos e sobre o exército. O rei, Carlos I, não concordou e dissolveu o Parlamento, passando a governar com um Conselho Privado, que perseguia os opositores (que acabaram fugindo para a América).
Em 1640, Carlos I foi obrigado a convocar o Parlamento por causa de uma revolta escocesa. O Parlamento aproveitou a situação para aprovar uma lei que proibia o rei de dissolver o parlamento. Esses acontecimentos acabaram desencadeando a revolução.

A Revolução Inglesa pode ser dividida em 4 fases:

1ª FASE – Guerra Civil (1642-1648)

Irritado com a oposição parlamentar, Carlos I mandou sua guarda invadir a sede do parlamento e prender seus principais líderes. Estes, por sua vez, organizaram tropas para lutar contra as forças do rei. Teve início, então, a guerra civil .
Na divisão das forças em conflito, estavam do lado do rei, principalmente, a nobreza anglicana e a católica. Do lado do parlamento estavam, basicamente, a burguesia, a gentry , os camponeses pobres e os yeomen .
As tropas do parlamento foram lideradas por Oliver Cromwel, que organizou o New Model Army , cujos postos de comando eram conquistados por merecimento militar e não pela origem de família, como ocorria no exército organizado pelo monarca. A adoção desse critério estimulou os combatentes, contribuindo para o fortalecimento das tropas parlamentares.
A guerra civil chegou ao fim com a vitória das tropas do parlamento. O rei Carlos I foi preso e condenado à morte, sendo decapitado em 30 de janeiro de 1649.

2ª FASE – Regime republicano (1649-1659)

Após esmagar as oposições, Oliver Cromwell instalou na Inglaterra o regime republicano, comandando o país de 1649 a 1658. A república ditatorial de Cromwell ficou conhecida como protetorado.
Entre os acontecimentos que marcaram esse período, destacam-se:

• Formação da Comunidade Britânica (1651) – Inglaterra, Irlanda, Escócia e País de Gales foram unificados numa só república (chamada de Comunidade Britânica), sob o comando de Cromwell;
• Decreto do Ato de Navegação (1651) – Por esse decreto, Cromwell determinou que todas as mercadorias importadas ou exportadas pela Inglaterra deveriam ser transportadas por navios ingleses. Seu objetivo era favorecer o desenvolvimento da marinha inglesa e dominar o transporte marítimo mundial.
• Guerra contra os holandeses (1652-1654) – O Ato de Navegação acarretou muito prejuízos aos holandeses, que obtinham grande lucro com o transporte marítimo de produtos coloniais para a Inglaterra. Os holandeses declararam guerra contra os ingleses, mas foram derrotados. A Inglaterra tornou-se, então, a maior potência naval do mundo.
• Estabelecimento do título de Lorde Protetor (1653) – Oliver Cromwell assumiu o título de Lorde Protetor da Comunidade Britânica. Seu cargo tornou-se vitalício e hereditário .

Após a morte de Cromwell (1658), seu filho, Ricardo, assumiu o poder, dando continuidade ao governo republicano.

3ª FASE – Restauração Monárquica (1660-1688)

Após a morte de Oliver Cromwell, seu filho Ricardo assumiu o poder. Mas Ricardo não tinha a mesma habilidade política e administrativa de seu pai. Manteve-se no poder por apenas oito meses, sendo deposto pelos principais chefes militares que agiam em sintonia com o parlamento.
A agitação política voltou a tomar conta do país. O parlamento decidiu, então, restaurar a dinastia dos Stuart, convidando Carlos II para assumir o trono britânico. O rei, entretanto, deveria governar sob o domínio político do parlamento.
O período da restauração monárquica dos Stuart estendeu-se pelos reinados de Carlos II (1660-1685) e de seu irmãos Jaime II (1685-1688).
Em seu governo, Jaime II tentou restabelecer o absolutismo e ampliar a influência do catolicismo. Com isso, novos conflitos surgiram entre os grupos sociais que apoiavam o parlamento e os que apoiavam a monarquia e desejavam o absolutismo.

4ª FASE – Revolução Gloriosa (1688-1689)

Temendo a volta do absolutismo, a maioria do parlamento decidiu tirar o poder do rei Jaime II. Para isso, estabeleceu um acordo com o príncipe holandês Guilherme de Orange (casado com Maria Stuart, filha de Jaime II), que assumiria o trono inglês com a condição de que respeitasse os poderes do parlamento.
A luta entre as forças de Guilherme de Orange e as tropas de Jaime II ficou conhecida como Revolução Gloriosa (1688-1689), que culminou com a derrota do monarca inglês.
Com o título de Guilherme III, Orange assumiu o trono britânico. Teve, entretanto, de assinar a Declaração de Direitos, na qual o parlamento limitava seus poderes em vários aspectos. O rei não poderia, por exemplo, suspender lei alguma nem aumentar impostos sem a aprovação dos parlamentares. Estabelecia-se, assim, a superioridade da lei sobre a vontade do rei: era o fim do absolutismo monárquico.
Após a Revolução Gloriosa, instalou-se a monarquia parlamentar na Inglaterra. Para sintetizar a situação da monarquia no país, tornou-se costume dizer que, na Inglaterra “o rei reina mas não governa”.

FONTE: Prof.ª Msc. Joice Fernandes

ATIVIDADES:

1.Quais os motivos dos conflitos entre o rei Carlos I e o Parlamento?

2. Cite algumas ações de Oliver Cromwell.

3. O que você entendeu sobre Monarquia Parlamentar?

8 comentários:

  1. professora vc pedio para pesquisar sobre Monarquia e República e estou com umas duvidas
    vou copiar e elevar pra escola ok
    bjs
    Emilin

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  2. Prof.a Joice Fernandesterça-feira, 31 agosto, 2010

    Isso mesmo Emilin, tente mostrar o material que você encontrou para os seus colegas de grupo antes do debate... Parabéns pelo seu interesse!

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  3. Bgado fessora valeu pela a força.bjos
    Luiz Henrique

    Teofilo Otoni,MG domingo,07 novembro,2010

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  4. Obrigada professora !
    eu e minha amiga estávamos precisando dessa pesquisa, e não estávamos achando ela toda.

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  5. Vc poderia escrever sobre os fatos q motivaram o inicio da revoluçao professora

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  6. nem te conheço...mais me ajudou com a prova de historia obrigado

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  7. oii queria saber que fatos motivaram o inicio das revoluções?

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  8. Bem legal. Estudo a revoluçao inglesa isso me ajudou na minha prova .
    Valew

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Então minha gente, podem fazer críticas e sugestões...