Continuando...
Com o prestígio que os militares passaram a ter, ele
passaram a ter cada vez mais poder político e finalmente substituíram os Cônsules.
Quando os Cônsules governavam Roma, dizemos que era uma REPÚBLICA, porque havia
uma eleição para escolher quem seria o próximo Cônsul (como no Brasil hoje:
fazemos eleições para saber quem vai nos governar). Quando os militares
começaram a governar Roma, ela passou a ser um IMPÉRIO: os líderes não eram
escolhidos por eleição, e o grande objetivo deles eram ampliar o território por
meio de conquistas (guerras).
Dentre as principais conquistas do início do império estão
as Guerra Púnicas: que foram guerras contra os CARTAGINESES (moradores da
cidade de Cartago, no norte da África que eram chamados de púnicos pelos
romanos). A cidade de Cartgago foi dominada, e a partir daí as conquistas só
aumentavam. Até a sociedade mudou...
Surgiu na sociedade romana um grupo conhecido por
NOBILITAS, formado por patrícios e por plebeus que conseguiram enriquecer (esse
grupo dará origem aos NOBRES no próximo bimestre); surgiu também o grupo dos
CAVALEIROS, formado por cobradores de impostos e funcionários públicos que
tinham condições de comprar e cuidar de um cavalo para participar da guerra; e é
claro, o grupo que permaneceu firme e que só aumentou de tamanho: os ESCRAVOS –
quanto mais guerra, mais prisioneiros de guerra, ou seja: mais escravos. No 4º
bimestre veremos que isso se tornou um problema para os romanos...
Com o crescimento do império, vários problemas começaram a
aparecer, veremos isso no 4º bimestre, mas já dá pra adiantar: muitos pobres
começaram a passar fome, a quantidade de escravos se tornava insustentável, nas
fronteiras do império começaram a acontecer invasões de outros povos...
Mas quem governava tudo isso? Os militares? Mas quais? Bom,
assim que os militares passaram a ter mais prestígio, os generais do exército
passaram a sugerir a substituição dos cônsules por eles mesmo. A princípio,
Roma passou a ser governada por 3 generais, chamamos isso de TRIUNVIRATO. Mas
esse governo não deu muito certo. Um dos generais, Crasso, morreu e então os
outros dois, Júlio César e Pompeu passaram a guerrear por poder. Júlio César
venceu e até governou por um tempo, mas acabou sendo assassinado também.
Formou-se então o 2º Triunvirato, que também não deu certo. Os generais Marco
Antônio, Otávio e Lépido também passaram a guerrear por poder. Quem venceu essa
parada foi Otávio, que passou a ser chamado de AUGUSTO, palavra que significa ‘acima
de todos’.
A partir de então, Roma passou a ser governada por uma cara
só, e o governo era hereditário: quando Otávio morresse era alguém da família
que deveria assumir o comando.
Durante o governo de Otávio, Roma passou por um período
conhecido por PAX ROMANA, por causa da paz que se instalou no império. Na
verdade era uma paz meio falsa porque Otávio era muito esperto: para evitar
revoltas e confusões ele tentava agradar a galera deixando cada um com seus deuses,
incentivando a arte e a cultura como a poesia e a literatura, além de financiar
espetáculos públicos, que geralmente eram teatro, competições ou lutas entre
escravos (gladiadores). Durante os espetáculos, era distribuído pão para os
espectadores, o que deixava todo mundo feliz e evitava protestos contra o
governo. Esse jeito de governar ficou conhecido como ‘pão e circo’: comida e
diversão.
No 4º bimestre veremos que essa política do pão e circo não
durou muito tempo, e o Império Romano entrará em uma crise terrível... Aguarde!
* Curiosidade: as 7 maravilhas do mundo antigo são as 7 construções
escolhidas como mais lindas daquele período. Onde elas ficavam? Dentro do território
do Império Romano, claro!
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