Texto de Oldimar
Pontes Cardoso
No momento da independência, o governo
de D. Pedro, sediado no Rio de Janeiro, só controlava as capitanias de São
Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais No restante do país ainda havia governos
locais ligados a Portugal e apoiados por suas tropas.
Além de enfrentar os soldados
portugueses enviados para manter o Brasil ligado a Portugal, o governo imperial
teve de lidar com os republicanos. Estes também eram inimigos do imperador, mas
por outros motivos; Os republicanos queriam um Brasil independente, mas não
admitiam o governo de Pedro, filho do rei de Portugal. Para eles, a
independência só seria completa quando o Brasil se tornasse uma República.
O conflito entre republicanos,
monarquistas e portugueses também existia no interior da Assembleia
Constituinte, reunida em maio de 1823 para preparar a primeira constituição
brasileira. Os deputados, principalmente os republicanos, queriam limitar ao
máximo o poder do imperador. Apesar de declarar que desejava uma Constituição
liberal, Pedro não queria ter sua autoridade questionada e se ofendia com as
tentativas de limitação do seu poder.
Apoiado pelos comerciantes portugueses,
que também eram inimigos dos republicanos, em novembro de 1823 Pedro I fechou a
Assembleia Constituinte. No ano seguinte, impôs aos brasileiros uma
constituição feita ao seu modo: além dos tradicionais poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, Pedro acrescentou um quarto, o Poder Moderador,
exercido por ele mesmo.
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