21 de maio de 2014

2014 / 9º ano - AULA 5 "A Era Vargas"


Texto de Oldimar Pontes Cardoso



No Brasil, até 1930, o candidato à Presidência da República que vencia as eleições era sempre um aliado do presidente anterior. Candidatos de oposição não tinham vez, pois o voto não era secreto e era muito fácil alterar o resultado das urnas.

Com a vitória de Júlio Prestes nas eleições de 1930, derrotando a candidatura de Getúlio Vargas, o governo permaneceu sob a influência dos cafeicultores paulistas. A única forma encontrada para retirar os paulistas do governo foi a violência: começou a ser articulado um movimento para derrubar o governo de Washington Luis e impedir a posse de Júlio Prestes.

O presidente Washington Luis recebeu um ultimato de oficiais-generais, exigindo sua renúncia. Como não renunciou, os militares determinaram sua prisão no dia 24 de outubro de 1930. Os paulistas arruinados pela Crise de 1929, não ofereceram resistência.

Mesmo apoiando o movimento de 1930, o Partido Democrático de São Paulo (PD) não era considerado um aliado de confiança pelo governo provisório de Getúlio Vargas. Apesar de fazer oposição ao Partido Republicano Paulista (PRP), que representava os interesses dos cafeicultores do estado, o PD era também composto de membros dessa mesma oligarquia.

Em janeiro de 1932, o PD rompeu oficialmente com o governo Vargas. Em 23 de maio de 1932, quatro estudantes paulistas morreram em confronto com tropas do governo e foram transformados em mártires. As iniciais de seus nomes – Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo – foram usadas para nomear o MMDC, sociedade secreta formada para derrubar o governo Vargas.

No dia 9 de julho de 1932, as tropas paulistas começaram a se movimentar contra o governo. Apesar desse esforço, as tropas do governo venceram a revolta em apenas três meses. Vargas acabou aprovando a nova Constituição em 1934.

De acordo com a Constituição de 1934, o sucessor de Getúlio Vargas na Presidência da República seria eleito em janeiro de 1938, e Vargas não poderia se candidatar À reeleição.

Mas em setembro de 1937, o governo divulgou o Plano Cohen: um documento falsificado pelos militares brasileiros que anunciava um levante comunista. Com base nesse documento, que só foi declarado falso em 1945, Vargas anunciou pelo rádio o início do Estado Novo, passando a governar com plenos poderes, sem ter que negociar com o Congresso Nacional, que permaneceu fechado até 1945.

Um dos principais objetivos dos responsáveis pelo Estado Novo era a industrialização do país, e para garantir o apoio da população a esses projetos, foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), responsável pela divulgação de uma imagem favorável do governo. O projeto de industrialização do Estado Novo teve seu auge em 1941, quando o governo Vargas conseguiu do governo dos EUA a instalação de uma fábrica de ferro e aço no Brasil. Em troca do apoio do governo brasileiro na Segunda Guerra Mundial, os EUA financiaram a construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda, Rio de Janeiro.

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