21 de maio de 2015

9º ano / 2015 - "Crise de 1929"

Depois da Primeira Guerra Mundial, a Europa estava arrasada e os Estados Unidos enriquecidos.  Na década de 1920, os Estados Unidos eram a maior economia do mundo principalmente por causa de sua grande produção industrial.

As pessoas passaram, então, a comprar ações na Bolsa de Valores para vender com grande lucro. Porém, muitos empresários aumentavam artificialmente os preços das ações, numa especulação sem limite.

 No final dos anos 1920, o preço das ações já não correspondia à situação real das empresas, e em 24 de setembro de 1929, quando os investidores correram para vender suas ações, descobriram que não havia compradores: os preços caíram, e começou a Grande Depressão.

As 4 principais razões para a crise foram: a concentração de riquezas, o descompasso entre os salários e os lucros, a recuperação econômica da Europa após a Primeira Guerra Mundial, e a crise agrícola. Pode-se dizer que foi uma crise de SUPERPRODUÇÃO, pois havia mais produtos do que mercado consumidor.


Em 1933, o economista KEYNES propôs o NEW DEAL, um acordo no qual o Estado deveria intervir na economia através de obras públicas, destruição dos estoques, controle dos preços, e diminuição da jornada de trabalho. Com essas medidas, o desemprego diminuiu, a indústria e a agricultura recuperaram-se, os salários pararam de cair, e a partir de 1934 a renda nacional dos Estados Unidos voltou a crescer.

8º ano / 2015 - AULA 5 "A Revolução Francesa e a Era Napoleônica"

Por volta de 1780 aconteceram alguns distúrbios climáticos na França, como inundações e secas Daí a produção de alimentos e o comércio ficaram prejudicados, os preços subiram, e boa parte da população começou a passar fome. Em busca de soluções para a crise econômica, o rei Luís XVI convocou uma Assembleia Geral com representantes dos 3 estados: o CLERO (1º Estado / Igreja), a NOBREZA (2º Estado / ricos) e o CAMPESINATO (3º Estado / camponeses e burgueses).
As votações eram feitas por Estado, assim o 1º e o 2º Estados, combinavam seus votos. Mas o 3º Estado lançou uma campanha para que a votação fosse por pessoa e não por Estado. O rei não concordou e o 3º Estado se retirou, afirmando que fariam uma nova Constituição. Imediatamente o rei mandou reprimir esse grupo, e no dia 14 de julho de 1789 os populares da cidade de Paris saíram às ruas em protesto, saqueando armas e alimentos. Conseguiram apoio do exército, e invadiram a Bastilha - uma prisão de pessoas que não concordavam com o governo de Luís XVI.

Depois disso, alguns privilégios foram abolidos pelo rei, e foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, um documento que estabelecia a liberdade, a igualdade e a fraternidade entre todos os seres humanos. Mas o rei se recusou a obedecer a nova Constituição, e começou a fazer alianças com outros países contra seu próprio povo. Um exército estrangeiro foi vencido pelo povo de Paris, e o rei foi julgado e executado em praça pública.

O 3º Estado estava dividido em 2 grupos: os GIRONDINOS (burgueses) e os JACOBINOS (camponeses), que assumiram o governo com Robespierre. Ele era super radical e começou a perseguir os que considerava uma ameaça. Esse período ficou conhecido como o Período do Terror, o que fez com que os jacobinos enfraquecessem politicamente, e os girondinos assumiram o poder: prenderam e executaram Robespierre, e confiaram o poder a um Diretório - 5 deputados burgueses governando juntos. Diante da insatisfação popular, um general do exército chamado Napoleão Bonaparte deu golpe nos girondinos e assumiu o poder, se auto intitulando imperador da França.

Durante seu governo, Napoleão distribuiu terras para os camponeses, criou o Banco da França e emprestou dinheiro aos industriais, estimulou a educação criando escolas públicas, e começou a almejar expandir o território francês e ampliar o comércio com os países da Europa. Para isso, decretou o Bloqueio Continental, obrigando os países da Europa a não mais fazer comércio com a Inglaterra, e os que insistissem seriam invadidos pelo exército francês.

Os países da Europa não aceitaram essa situação: a Rússia, por exemplo, chegou a ser invadida pelas tropas de Napoleão, mas o surpreenderam com uma tática de guerra - recuaram atraindo o exército de Napoleão para as regiões mais frias do país, e ao mesmo tempo queimaram suas próprias lavouras. Com fome e frio, o exército de Napoleão perdeu sua primeira batalha em Moscou no ano de 1812. Depois dessa derrota, outras aconteceram, e Napoleão finalmente foi vencido em 1814, quando foi enviado à Ilha de Elba. Ele tentou fugir e voltar ao poder em 1815, mas seu governo durou 100 dias e ele foi capturado novamente. Morreu sozinho em 1821, isolado em outra ilha.


A França voltou a ter um rei, Luís XVIII - irmão do rei que fora guilhotinado no início da Revolução, e um Tratado foi assinado na cidade de Viena, na Áustria, para que os territórios invadidos por Napoleão fossem devolvidos. Uma Aliança também foi assinada por alguns países da Europa para evitar que novas revoluções ocorressem.

5 de maio de 2015

9º ano / 2015 - AULA 4 "República no Brasil"

Como vocês bem lembram, no fim do século XIX o Brasil era governado por D. Pedro II, ou seja: éramos um império. Durante seu governo, o Brasil cresceu bastante, principalmente por causa das plantações e exportações do café. Quem trabalhava nessas plantações eram os escravos descendentes de africanos (de várias regiões da África). Mas, depois de 4 séculos de escravidão, essa exploração passou a ser questionada, não só por 'dó' dos escravos, mas principalmente porque os países industrializados, como a Inglaterra por exemplo, precisavam de mercado consumidor. Como escravo não tem salário, ele não podia consumir, então deixou de trazer benefícios. No ano passado você estudou algumas leis que contribuíram para que, aos poucos, a escravidão acabasse no Brasil: Lei Eusébio de Queiroz, Lei do Ventre Livre, entre outras. Com a Guerra contra o Paraguai (1864-1870), muitos escravos foram libertados para participar dos combates, mesmo assim as elites brasileiras não queriam que a escravidão acabasse. Aos poucos o trabalho escravo foi sendo substituído pelo trabalho de imigrantes vindos da Europa (lembrando que a Europa passava por crises e guerras nesse período). Finalmente em 1888 a escravidão foi abolida de uma vez por todas. Mas isso não resolveu o problema dos escravos, que ficaram excluídos da sociedade, alguns até sem trabalho.

Pior que a situação dos escravos era a situação de D. Pedro II: as elites estavam indignadas com a abolição, o exército indignado com a Guerra do Paraguai que só trouxe gastos e nenhuma recompensa, além de tudo isso, a Igreja Católica (na época única do Brasil e influente na política) também estava insatisfeita com o envolvimento do imperador em lojas de maçonaria. E agora?

Em 15 de novembro de 1889 (um ano após a abolição) o Marechal Deodoro da Fonseca deu um golpe de Estado e assumiu o poder: o Brasil deixava de ser uma MONARQUIA e se tornava uma REPÚBLICA, e D. Pedro II foi obrigado a embarcar para Portugal.

Até hoje somos uma República, mas assim como em outros assuntos de História, podemos dividir esse período da História do Brasil em vários pedacinhos para estudarmos melhor. O primeiro pedacinho ficou conhecido como República da Espada (1889-1894), porque nessa fase o Brasil foi governado por membros do exército. Depois de muitas mudanças nas leis
brasileiras (Constituição nova e tudo!), houve a primeira eleição de um cidadão 'sem farda', em 1894: Prudente de Moraes, cafeicultor (elite), que governou até 1898. Começa, então, o período chamado República das Oligarquias (1894-1930), popularmente conhecido como República Café-com-Leite. Recebeu esse nome porque todos os presidentes estavam ligados às elites produtoras de café (em São Paulo) e produtoras de leite (em Minas Gerais). Segue a lista de presidentes até aqui:

1889 - 1891 - Marechal Manuel Deodoro da Fonseca
1891 - 1894 - Marechal Floriano Vieira Peixoto
1894 - 1898 - Prudente José de Morais Barros ( Prudente de Morais )
1898 - 1902 - Manuel Ferraz de Campos Sales ( Campos Sales )
1902 - 1906 - Francisco de Paula Rodrigues Alves ( Rodrigues Alves )
1906 - 1909 - Afonso Augusto Moreira Penna ( Afonso Penna )
1909 - 1910 - Nilo Peçanha
1910 - 1914 - Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca
1914 - 1918 - Wenceslau Brás Pereira Gomes ( Wenceslau Brás )
1918 - 1919 - Delfim Moreira da Costa Ribeiro (Delfim Moreira )
1919 - 1922 - Epitácio da Silva Pessoa (Epitácio Pessoa )
1922 - 1926 - Authur da Silva Bernardes (Arthur Bernardes )
1926 - 1930 - Washington Luís Pereira de Sousa (Washington Luís )

Durante a República Café-com-Leite, foram muitos os abusos das elites, como o Voto do Cabresto (quando os eleitores votavam acompanhados de um jagunço para não 'errarem' o voto); o Coronelismo (quando o poder político local era de um grande proprietário de terra); as repressões violentas às revoltas populares... e assim por diante.

Lembrando: durante esse período aconteceu a Primeira Guerra Mundial, e vocês acreditam que para nós isso não foi tão ruim? Conseguimos aumentar nossa produção e até nossas exportações, porque os países europeus estavam muito ocupados com o conflito. Claro que com tantas mortes, o mundo inteiro acabou perdendo...


Em 1930 a Política Café-com-Leite sofreu uma revolta: um desentendimento entre as elites de São Paulo e Minas Gerais provocou uma grande manifestação popular que colocou um homem muito interessante no poder: GETÚLIO VARGAS. Mas veremos isso na próxima aula, até lá!